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02/12/2000 - 13h43

Guga supera sua dependência do saibro

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do enviado especial a Lisboa

Na temporada em que fez mais sucesso na carreira, Gustavo Kuerten diminuiu sua dependência dos resultados obtidos no saibro, seu piso preferido.

Nas quadras rápidas, o brasileiro obteve em 2000 seu primeiro título, em Indianápolis, e hoje tenta, pela primeira vez na história do tênis do país, uma vaga na final de um Masters, contra o norte-americano Pete Sampras, em Lisboa.

"O Guga hoje é um jogador completo", disse Larri Passos, técnico do brasileiro.

Para o jogador, porém, o nível de seu jogo na quadra rápida ainda não é o mesmo do que o obtido no saibro.

"Ainda estou muito longe de jogar da mesma forma na quadra rápida que no saibro. No mínimo, ainda vai demorar cinco anos", declarou Kuerten, lembrando seus dois títulos em Roland Garros e os três em Masters Series realizados na terra batida.

Seus números na atual temporada, entretanto, desmentem suas declarações.

Em 2000, a participação dos jogos disputados no saibro no total de vitórias do melhor tenista brasileiro da história é a mais baixa dos últimos três anos _41%.

Em 1998, por exemplo, Kuerten obteve no saibro, o piso mais lento do tênis e especialidade de sul-americanos e espanhóis, 63% de suas vitórias.

Na atual temporada, Kuerten já registrou a sua maior marca de vitórias em quadras duras na carreira -já são 26 triunfos, sem contar a partida de hoje contra Sampras, o tenista que mais domina os pisos rápidos.

"Estou à vontade para arriscar e bater na bola com força", disse Kuerten, que, além do título em Indianápolis, teve outros bons resultados em quadras rápidas.

No Masters Series de Miami, por exemplo, ele foi até a final, quando perdeu, em um jogo muito equilibrado, para Sampras.

Na temporada norte-americana de verão, obteve outro bom resultado no Masters Series de Cincinatti, onde foi às semifinais.

Além das quadras rápidas, Kuerten conseguiu reverter outra deficiência em 2000.
Depois de vários fracassos, ele parece agora à vontade em quadras fechadas, como a do Pavilhão Atlântico, onde está sendo disputado o Masters português.

Até o ano passado, o brasileiro tinha um aproveitamento de 47% em partidas disputadas em ambientes fechados.

Já em 2000, depois das duas vitórias que alcançou na primeira fase do torneio português, sua performance subiu para 67%, seu melhor resultado nesse ambiente.

No Masters Series de Paris, ele foi até as semifinais. Acabou perdendo, em uma partida bastante parelha, para o australiano Mark Philippoussis. Antes, já havia disputado as quartas-de-final em Lyon, também na França.

"Guga consegue jogar bem hoje em todos os pisos", declarou Sampras sobre o seu adversário de hoje em Lisboa.

Com melhores resultados fora do saibro, o brasileiro tem hoje um faturamento mais bem distribuído pelos diferentes tipos de superfície do circuito.

Na temporada 2000, dos US$ 2,381 milhões já amealhados por ele, sem contar o jogo de hoje, que poderia render outros US$ 370 mil, 54% foram ganhos em torneios disputados no saibro.

Esse percentual já foi muito maior. Em 1998, quando conquistou dois títulos, ambos na terra batida, 71% do faturamento de Kuerten tiveram origem em competições realizadas no saibro, que se concentram, basicamente, no primeiro semestre.
 

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