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05/08/2005
-
10h19
EDUARDO ARRUDA
RICARDO PERRONE
da Folha de S.Paulo
A distância entre MSI e Corinthians está refletida nos documentos que regem o contrato de patrocínio com a Samsung. Por causa dos conflito de interesses entre eles, Kia Joorabchian e Alberto Dualib colocaram suas assinaturas em papéis distintos.
No contrato válido por dois anos com a multinacional sul-coreana, constam as firmas de Kia e José Roberto Campos, vice-presidente executivo da Samsung.
Em outro papel, chamado pela patrocinadora de "carta de esclarecimento", segundo a Folha apurou, aparecem as firmas de Dualib e de Campos.
Os papéis separados foram feitos porque Dualib não concordou com o contrato original, feito por MSI e Samsung e que não citava o Corinthians como uma das partes. Esse foi um dos maiores motivos de irritação do corintiano.
As mudanças exigidas por ele foram colocadas no novo documento. Segundo o clube, Kia não assinou o papel, redigido anteontem, porque está em Londres.
A Samsung concordou com as alterações. "Está tudo certo entre a gente", afirmou Campos, sem explicar as mudanças.
Segundo a cúpula corintiana, são três alterações, que começaram pela inclusão do clube como parte interessada. Foi alterada também a cláusula que dava à MSI o direito de indicar o banco em que os US$ 6,1 milhões anuais pagos pelo patrocinador serão depositados. Agora, a parceria indica a conta e fica claro que os depósitos devem ser feitos no Brasil, ou seja, em reais.
Os corintianos temiam que o dinheiro não viesse para o país. Eles também acreditavam que o nome do clube não aparecia para dificultar a cobrança da comissão de 10% exigida pela SMA, empresa de Carla Dualib. A neta do presidente, que tem contrato apenas com o Corinthians, notificou judicialmente a MSI para pedir a porcentagem, alegando que participou das negociações. O executivo iraniano se recusa a pagar.
Outra alteração foi a extinção da cláusula que dava à Samsung o direito de explorar placas na área social e no ginásio do clube.
Paulo Angioni, diretor da MSI, que poderia ter assinado o novo documento, disse que não o fez. Ele e o iraniano são os únicos que podem assinar pela empresa.
A Andreoli & MSL, contratada para cuidar da imagem da MSI, não quis se pronunciar.
Advogados da MSI, da Samsung e do Corinthians gastaram dois dias para desatar o nó criado pela recusa de Dualib.
O impasse quase adiou a estréia do novo patrocinador. Apenas cerca de 30 minutos antes do jogo contra o Coritiba, anteontem, o roupeiro da equipe recebeu ordem de entregar aos jogadores as camisas com o logo da Samsung.
Especial
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Kia e Dualib se separam até em papéis de contrato
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RICARDO PERRONE
da Folha de S.Paulo
A distância entre MSI e Corinthians está refletida nos documentos que regem o contrato de patrocínio com a Samsung. Por causa dos conflito de interesses entre eles, Kia Joorabchian e Alberto Dualib colocaram suas assinaturas em papéis distintos.
No contrato válido por dois anos com a multinacional sul-coreana, constam as firmas de Kia e José Roberto Campos, vice-presidente executivo da Samsung.
Em outro papel, chamado pela patrocinadora de "carta de esclarecimento", segundo a Folha apurou, aparecem as firmas de Dualib e de Campos.
Os papéis separados foram feitos porque Dualib não concordou com o contrato original, feito por MSI e Samsung e que não citava o Corinthians como uma das partes. Esse foi um dos maiores motivos de irritação do corintiano.
As mudanças exigidas por ele foram colocadas no novo documento. Segundo o clube, Kia não assinou o papel, redigido anteontem, porque está em Londres.
A Samsung concordou com as alterações. "Está tudo certo entre a gente", afirmou Campos, sem explicar as mudanças.
Segundo a cúpula corintiana, são três alterações, que começaram pela inclusão do clube como parte interessada. Foi alterada também a cláusula que dava à MSI o direito de indicar o banco em que os US$ 6,1 milhões anuais pagos pelo patrocinador serão depositados. Agora, a parceria indica a conta e fica claro que os depósitos devem ser feitos no Brasil, ou seja, em reais.
Os corintianos temiam que o dinheiro não viesse para o país. Eles também acreditavam que o nome do clube não aparecia para dificultar a cobrança da comissão de 10% exigida pela SMA, empresa de Carla Dualib. A neta do presidente, que tem contrato apenas com o Corinthians, notificou judicialmente a MSI para pedir a porcentagem, alegando que participou das negociações. O executivo iraniano se recusa a pagar.
Outra alteração foi a extinção da cláusula que dava à Samsung o direito de explorar placas na área social e no ginásio do clube.
Paulo Angioni, diretor da MSI, que poderia ter assinado o novo documento, disse que não o fez. Ele e o iraniano são os únicos que podem assinar pela empresa.
A Andreoli & MSL, contratada para cuidar da imagem da MSI, não quis se pronunciar.
Advogados da MSI, da Samsung e do Corinthians gastaram dois dias para desatar o nó criado pela recusa de Dualib.
O impasse quase adiou a estréia do novo patrocinador. Apenas cerca de 30 minutos antes do jogo contra o Coritiba, anteontem, o roupeiro da equipe recebeu ordem de entregar aos jogadores as camisas com o logo da Samsung.
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