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05/09/2005 - 10h34

Crise faz Lula assistir ao jogo da seleção pela TV na Granja do Torto

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PAULO COBOS
FERNANDO ITOKAZU
da Folha de S.Paulo

A CBF havia planejado que a partida de ontem contra o Chile, em Brasília, seria um evento para reunir a elite política nacional, mas a mais grave crise do governo Lula alterou a programação.

O presidente, um grande admirador de futebol, foi convidado para comparecer ao Mané Garrincha, mas preferiu assistir ao jogo pela TV na Granja do Torto.

Filhos de Lula, acompanhados de amigos, foram ao estádio. Chegaram cerca de 15 minutos antes do início do jogo e foram ignorados pela maioria dos torcedores na entrada do camarote.

Sem o presidente, lembrado em faixas de protesto na arquibancada (como "Fora Lulla" e "Luladrão - Fora Já"), a partida que garantiu a presença do Brasil na Copa se transformou em uma festa para as autoridades locais.

A cena mais emblemática disso ocorreu pouco depois do início do jogo. O senador Paulo Octávio (PFL-DF) deixou a tribuna de autoridades e, após cumprimentar torcedores fora do estádio, passou a distribuir ingressos.

Assim como ele, o governador do DF, Joaquim Roriz (PMDB), que gastou R$ 600 mil para reformar o Mané Garrincha, chegou bem antes do início da partida.

Sem o status de autoridade local, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, foi barrado na chegada e teve que estacionar seu carro bem mais longe do que esperava.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também foi ao estádio e disse que não era o momento de falar de crise. "Hoje tem que concentrar todas as energias e tentar uma grande vitória para que o time se classifique para a Copa."

Mas a crise foi um assunto que não saiu das conversas na chegada das autoridades.

O deputado João Caldas (PL-AL) disse que vinha da casa do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), acusado de receber mesada para beneficiar a empresa que administra o restaurante da Casa.

"Ele não pode estar tranqüilo, mas está sereno, ciente da responsabilidade, da resposta que tem que dar à Câmara, ao país e à opinião pública", disse Caldas, para quem a crise não influenciou na festa de ontem.

O ministro do Esporte, Agnelo Queiroz (PC do B-DF), que sonha em ser candidato a governador do DF em 2006, foi ao estádio e promoveu programas da sua pasta. O ministro Roberto Rodrigues (Agricultura) foi outro integrante do primeiro escalão do governo a ir ao Mané Garrincha.
 

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