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29/09/2005 - 02h21

Árbitro e empresário envolvidos no escândalo do futebol são libertados

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da Folha Online

O árbitro Edílson Pereira de Carvalho e o empresário Nagib Fayad, o Gibão, envolvidos em esquema de manipulação de resultados de jogos de futebol, foram libertados na madrugada desta quinta-feira. Eles estavam detidos desde sábado na sede da Polícia Federal em São Paulo, na Lapa (zona oeste).

Na saída, por volta de 1h30, o árbitro disse que estava "abalado" e que não queria falar com a imprensa. Ele só afirmou que convocaria uma coletiva, mas não disse quando.

Pouco depois, antes de seguir para Jacareí com a família, Carvalho levou um tapa de um torcedor corintiano, identificado apenas como Lira. "Você deveria estar vestido de rosa, porque roubou o Corinthians", afirmou o agressor.

Nagib Fayad

Meia-hora antes, era a vez de o empresário sair, alegando inocência. "Não fiz nada de errado. Aposto como muita gente, não há máfia, nada disso".

Aparentando tranqüilidade, Fayad classificou de "normal" o período de detenção e chegou a chamar a sede da PF de "segunda casa". "Isso aqui é uma segunda casa minha", disse.

Fayad disse à promotoria que conheceu Paulo José Danelon em casas de jogos de Piracicaba antes de ser apresentado a Carvalho.

Ele diz ter recusado oferta de Danelon para manipular quatro jogos do Campeonato Paulista: Santos x Guarani, Marília x Ituano e Guarani x Atlético Sorocaba.

Fayad também confessou ter dado R$ 40 mil a Carvalho pela manipulação de Banfield 3 x 2 Alianza, pela Copa Libertadores, Guarani 0 x 2 Corinthians, América 4 x 1 Palmeiras, pelo Campeonato Paulista, e Juventude 1 x 4 Figueirense, pelo Campeonato Brasileiro. A TV Globo exibiu a transcrição do depoimento.

A confissão desmentiu seu advogado, Cássio Paoletti, que havia afirmado, na última segunda-feira, que o empresário havia efetuado apenas três pagamentos de R$ 10 mil.

"Ele teve um prejuízo patrimonial grande por causa de apostas e foi procurado por esses árbitros [Carvalho e Danelon]. O Nagib chegou a efetuar três pagamentos, de R$ 10 mil cada um, ao Edilson, mas esses resultados não ocorreram. Outras vezes foi prometido jogos, mas o pagamento não foi efetuado", disse Paoletti.

Apesar de pagar R$ 10 mil a cada jogo, o advogado diz que seu cliente fazia apostas pequenas. "Pelas informações dele, essa coisa de somas vultosas é descabido. Eram apostas pequenas, evidentemente acabavam por se avolumar no curso de um determinado tempo. Eram por volta de R$ 500 a R$ 2.000", diz Paoletti.

Especial
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