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01/10/2005
-
10h00
da Folha de S.Paulo
O escândalo que tirou Armando Marques do comando da arbitragem nasceu com investigações da Polícia Federal e do Ministério Público. Gravações telefônicas revelaram um esquema formado por juízes que aceitavam manipular jogos para favorecer empresários que apostavam em sites ilegais.
O primeiro a cair foi Edilson Pereira de Carvalho, 43. O árbitro paulista confessou ter recebido proposta para negociar sete partidas, que abrangem o Brasileiro, o Paulista e a Libertadores.
Ele afirmou ter recebido R$ 30 mil do empresário Nagib Fayad pela manipulação de três duelos --dois do Estadual, que influenciaram diretamente a zona do rebaixamento, e um da Libertadores. No Brasileiro, Carvalho comandou 11 duelos.
Paulo José Danelon, 43, outro árbitro de São Paulo, declarou ter negociado três jogos do Paulista com o mesmo empresário. Citou, em depoimento, Vanderlei Pololi, que se formou árbitro em Piracicaba, como um dos aliciadores do esquema.
As negociações ocorriam por telefone. Os juízes comunicavam Fayad assim que eram sorteados para um jogo. O empresário avisava seus sócios --três donos de casas de bingo-- e apostava em sites ilegais (valores entre R$ 150 mil e R$ 200 mil). Obtido o resultado desejado, o juiz recebia R$ 10 mil.
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva estuda o cancelamento de todos os jogos que Carvalho apitou no Brasileiro. O Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo e a Federação Paulista também montaram comissão para decidir se anulam ou não os duelos do Estadual, que já foi encerrado.
Especial
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Entenda o escândalo de arbitragem no futebol brasileiro
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O escândalo que tirou Armando Marques do comando da arbitragem nasceu com investigações da Polícia Federal e do Ministério Público. Gravações telefônicas revelaram um esquema formado por juízes que aceitavam manipular jogos para favorecer empresários que apostavam em sites ilegais.
O primeiro a cair foi Edilson Pereira de Carvalho, 43. O árbitro paulista confessou ter recebido proposta para negociar sete partidas, que abrangem o Brasileiro, o Paulista e a Libertadores.
Ele afirmou ter recebido R$ 30 mil do empresário Nagib Fayad pela manipulação de três duelos --dois do Estadual, que influenciaram diretamente a zona do rebaixamento, e um da Libertadores. No Brasileiro, Carvalho comandou 11 duelos.
Paulo José Danelon, 43, outro árbitro de São Paulo, declarou ter negociado três jogos do Paulista com o mesmo empresário. Citou, em depoimento, Vanderlei Pololi, que se formou árbitro em Piracicaba, como um dos aliciadores do esquema.
As negociações ocorriam por telefone. Os juízes comunicavam Fayad assim que eram sorteados para um jogo. O empresário avisava seus sócios --três donos de casas de bingo-- e apostava em sites ilegais (valores entre R$ 150 mil e R$ 200 mil). Obtido o resultado desejado, o juiz recebia R$ 10 mil.
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva estuda o cancelamento de todos os jogos que Carvalho apitou no Brasileiro. O Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo e a Federação Paulista também montaram comissão para decidir se anulam ou não os duelos do Estadual, que já foi encerrado.
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