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13/10/2005 - 10h40

Arbitragem erra, e Vasco quer anular jogo repetido

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RODRIGO MATTOS
da Folha de S.Paulo

O presidente do Vasco, Eurico Miranda, disse que vai entrar com ação na Justiça desportiva para pedir a realização de um terceiro jogo com o Figueirense. Sua alegação é que o auxiliar Altemar Hausmann (RS) agiu de má-fé para prejudicar o clube carioca, cometendo quatro supostos erros.

Ontem, o Vasco jogou com o time catarinense pela segunda vez, em reedição de partida anulada pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). Foi um dos 11 jogos apitados pelo juiz Edilson Pereira de Carvalho, que admitiu que manipulava resultados.

Na primeira partida, o Vasco vencera por 2 x 1 o Figueirense. Ontem, os dois times empataram em 3 a 3. Sem os três pontos originais, os vascaínos estão na zona de rebaixamento. "Se anulou uma partida porque houve algum tipo de coisa, tem que anular essa também", afirmou o presidente vascaíno. "Anulo e jogo. Não vou pedir resultado a meu favor."

O dirigente, no entanto, descartou uma ação na Justiça comum. Se o STJD não aceitar seu recurso, ele afirmou que acatará a decisão.

A Justiça desportiva nunca anulou partidas por causa de erros de arbitragens. Assim, Eurico deu a entender que sabe ser difícil a invalidação desse jogo. Mas não mostrou boa vontade em relação ao auxiliar de arbitragem. E afirmou que exigirá do tribunal uma punição para Hausmann.

"Má intenção clara. Porque foi o mesmo bandeira", disse o dirigente. "O que mostra a intenção dele é que deu três impedimentos do Romário que não foram."

No primeiro tempo, o juiz Carlos Eugênio Simon anulou gol do atacante do Vasco em impedimento inexistente, marcado pelo auxiliar. Na segunda etapa, Hausmann não assinalou que a bola saiu antes do terceiro gol do Figueirense. "Vou fazer um protesto formal", disse Eurico. "Vou querer uma posição clara do tribunal sobre arbitragem."

Antes da decisão do STJD, o dirigente defendia só a anulação do jogo de seu clube com o Botafogo, que tinha perdido. Afirmaram que não houve falhas de arbitragem na partida com o Figueirense, que tinha vencido.

Envolvido em três lances de supostos erros, o atacante Romário afirmou que houve falhas do trio de arbitragem, comandado por Simon. Mas descartou fraudes.

"Eu erro gol, erro pênalti. O árbitro tem direito de errar", disse o atacante. "Tenho certeza de que o árbitro e o bandeira se equivocaram, mas não houve má-fé."

O novo chefe da comissão de arbitragem da CBF, Édson Rezende, disse que não tinha observado o jogo do Vasco --assistira a Botafogo x Cruzeiro. "Não dá para fazer um comentário sem ver."

Ele prometeu analisar os lances do partida em São Januário. Seu projeto é ter observadores em todos os confrontos.

Procurado pela Folha, o presidente do STJD, Luiz Zveiter, não foi encontrado para comentar a posição do dirigente vascaíno. Eurico foi um dos principais defensores da permanência dele no tribunal, quando a CBF tentou derrubá-lo, em 2004.

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