Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
14/10/2005 - 09h23

Calendário enxuto da seleção complica a vida dos candidatos à reserva

Publicidade

EDUARDO ARRUDA
PAULO COBOS
da Folha de S.Paulo

O calendário enxuto da seleção em 2006 complica a vida dos candidatos à reserva na Copa da Alemanha e vai banir uma prática que já deu bons resultados.

Segundo a CBF, o time nacional vai mesmo fazer só um amistoso (em março) contra seleções na próxima temporada antes da estréia no Mundial.

Em nenhuma Copa pós-guerra a temporada de aquecimento do Brasil foi tão curta. Sem contar partidas não reconhecidas pela Fifa, o time já chegou a fazer 14 duelos preparatórios (1966), e a média ficou em seis confrontos.

Em 2002, a seleção fez uma série dos chamados jogos caça-níqueis, que no entanto garantiram o lugar de jogadores-chaves na conquista do pentacampeonato, como Gilberto Silva e Kléberson.

Mas é para quem está nos planos de Carlos Alberto Parreira, mas ainda não carimbou o passaporte, que a situação é dramática.

"Em termos de trabalho não há mais muita coisa a ser feita. Só faremos mais três jogos, com três treinos", falou o treinador após a vitória de quarta-feira contra a Venezuela, na despedida das eliminatórias.

Parreira disse contabilizar 30 atletas com chances de ir à Alemanha. Desses jogadores, o time titular que atuou em Belém, além de Robinho e Juninho, já tem lugar assegurado. Restam dez vagas para 17 jogadores. "Eu tenho cinco meses para definir. Vão contar também a média dos 18 jogos das eliminatórias, da Copa das Confederações e da Copa América. Preciso fazer um retrospecto de tudo o que aconteceu nesses dois anos e meio."

"Tem de haver muito critério nessa convocação porque muita gente boa vai ficar de fora. Enquanto outras seleções se preocupam com as convocações, nós nos preocupamos com quem vai ficar de fora", declarou o treinador.

Os jogadores não escondem a ansiedade pelo lugar na Copa.

"Agora tem que ter a manutenção no clube. Vou tentar manter a produtividade no Sevilla para fazer valer os dois anos e meio que estou na seleção", afirmou o volante Renato, que disputa vaga com Ricardinho no meio-campo.

"Eu fiz o meu papel. Vou continuar brigando e, se for convocado, será pelo meu trabalho no Corinthians", declarou o lateral Gustavo Nery, que trava uma das disputas mais difíceis, com Gilberto, pela reserva de Roberto Carlos.

O meia Alex, que após o jogo com a Bolívia afirmou que tinha mais chances com Luiz Felipe Scolari em 2002, quando também ficou de fora da lista, se mostrou menos pessimista.

"Fiz 13 dos 18 jogos das eliminatórias. Ainda vencemos a Copa América quando ninguém acreditava na gente. Por merecimento, deveria estar", disse o jogador, maior estrela do Fenerbahce, da Turquia. "Quem não tem vaga garantida tem que jogar muito bem nos clubes a partir de agora", acrescentou o atleta.

A disputa por duas das três vagas no gol também está acirrada. Júlio César, Gomes e Marcos --este último titular do time de Scolari campeão da Copa na Coréia do Sul e no Japão, há três anos-- tentam a reserva de Dida.

"O Marcão é um grande goleiro, está um pouco à minha frente. Mas se mantiver um nível bom no PSV tenho chance de ir à Copa. Agora é isso que vai definir nessa reta final", falou Gomes.

Ainda em 2005, o Brasil faz dois amistosos em novembro, um deles contra os Emirados Árabes.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a seleção brasileira nas eliminatórias
  • Veja a especial das eliminatórias
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página