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20/10/2005
-
09h00
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O empresário Nagib Fayad, 41, conhecido como Gibão, lançou ontem na CPI dos Bingos no Senado suspeita de fraude no jogo em que o Botafogo ganhou por 3 a 2 do Juventude pelo Campeonato Brasileiro, em 11 de junho na Arena Petrobras, no Rio.
O confronto não está entre os 11 anulados pelo STJD devido à suspeita de fraude armada pelo ex-árbitro Edilson Pereira de Carvalho, 43. Ele apitou as 11 partidas e admitiu ter recebido dinheiro de Fayad para beneficiar times nos quais o empresário apostava.
O jogo citado foi apitado por Heber Roberto Lopes (PR-Fifa).
Fayad não o incriminou. Afirmou à CPI dos Bingos do Senado que recebeu uma ligação de Edilson às vésperas do jogo.
"Ele [Edilson] me ligou e falou assim: "O jogo vai ser apitado no Rio de Janeiro. Jogue [aposte] nesse jogo. É certeza que esse time carioca vai ganhar". Não sei o nome do juiz [que iria apitar]. Nem joguei [apostei]", afirmou.
Segundo Fayad, Edilson disse que "esse juiz é certeza que vai proteger o time do Rio". Depois acrescentou: "Não sei o que se passa na CBF [Confederação Brasileira de Futebol], na Federação Paulista, não posso falar nada".
Questionado após o depoimento, em entrevista à imprensa, sobre o que queria dizer em relação às federações, Fayad desconversou. "[Edilson] falou na TV que todos juízes que iam apitar no Rio de Janeiro era para se comportarem bem, pois senão ficariam três jogos sem apitar. Aí é rolo deles."
Na entrevista disse: "Não [falei] que esse juiz [Roberto Lopes] estava em esquema de arbitragem. Cabe ao Edilson falar o por quê? Se a federação mandou proteger".
Até 17min do segundo tempo, o Botafogo perdia de 2 a 0. O time carioca fez um gol falta e dois de pênaltis, virando o placar. Em um dos pênaltis, Roberto Lopes mandou voltar a cobrança.
Segundo Fayad, o ex-árbitro propôs que se o time carioca vencesse, o empresário pagasse uma comissão de R$ 10 mil. Fayad disse que não apostou porque não acreditava mais em Edilson e julgava-se "um otário".
Na CPI, o empresário que atua em casa de shows, corretagem de imóveis e venda de carros negou ser dono de bingos. Ele aceitou abrir seus sigilos bancário, fiscal e telefônico. Afirmou ainda que fazia apostas em bancas de jogos e não em site na internet.
Carvalho disse à Folha de S.Paulo que não conversou com o empresário sobre esse jogo. "Só disse que, no Rio, os juízes sempre favorecem os times cariocas", afirmou.
O Ministério Público de SP deve ouvir Fayad novamente.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Nagib Fayad
Leia o que já foi publicado sobre o escândalo de arbitragem
Fayad envolve novo árbitro em escândalo de manipulação de resultados
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O empresário Nagib Fayad, 41, conhecido como Gibão, lançou ontem na CPI dos Bingos no Senado suspeita de fraude no jogo em que o Botafogo ganhou por 3 a 2 do Juventude pelo Campeonato Brasileiro, em 11 de junho na Arena Petrobras, no Rio.
O confronto não está entre os 11 anulados pelo STJD devido à suspeita de fraude armada pelo ex-árbitro Edilson Pereira de Carvalho, 43. Ele apitou as 11 partidas e admitiu ter recebido dinheiro de Fayad para beneficiar times nos quais o empresário apostava.
O jogo citado foi apitado por Heber Roberto Lopes (PR-Fifa).
Fayad não o incriminou. Afirmou à CPI dos Bingos do Senado que recebeu uma ligação de Edilson às vésperas do jogo.
"Ele [Edilson] me ligou e falou assim: "O jogo vai ser apitado no Rio de Janeiro. Jogue [aposte] nesse jogo. É certeza que esse time carioca vai ganhar". Não sei o nome do juiz [que iria apitar]. Nem joguei [apostei]", afirmou.
Segundo Fayad, Edilson disse que "esse juiz é certeza que vai proteger o time do Rio". Depois acrescentou: "Não sei o que se passa na CBF [Confederação Brasileira de Futebol], na Federação Paulista, não posso falar nada".
Questionado após o depoimento, em entrevista à imprensa, sobre o que queria dizer em relação às federações, Fayad desconversou. "[Edilson] falou na TV que todos juízes que iam apitar no Rio de Janeiro era para se comportarem bem, pois senão ficariam três jogos sem apitar. Aí é rolo deles."
Na entrevista disse: "Não [falei] que esse juiz [Roberto Lopes] estava em esquema de arbitragem. Cabe ao Edilson falar o por quê? Se a federação mandou proteger".
Até 17min do segundo tempo, o Botafogo perdia de 2 a 0. O time carioca fez um gol falta e dois de pênaltis, virando o placar. Em um dos pênaltis, Roberto Lopes mandou voltar a cobrança.
Segundo Fayad, o ex-árbitro propôs que se o time carioca vencesse, o empresário pagasse uma comissão de R$ 10 mil. Fayad disse que não apostou porque não acreditava mais em Edilson e julgava-se "um otário".
Na CPI, o empresário que atua em casa de shows, corretagem de imóveis e venda de carros negou ser dono de bingos. Ele aceitou abrir seus sigilos bancário, fiscal e telefônico. Afirmou ainda que fazia apostas em bancas de jogos e não em site na internet.
Carvalho disse à Folha de S.Paulo que não conversou com o empresário sobre esse jogo. "Só disse que, no Rio, os juízes sempre favorecem os times cariocas", afirmou.
O Ministério Público de SP deve ouvir Fayad novamente.
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