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09/06/2000 - 18h18

"Não está morto quem pelea", diz Kuerten

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da Folha Online
em São Paulo

Foi com a expressão 'não está morto quem pelea', típica do sul do Brasil, que Gustavo Kuerten abriu a entrevista coletiva após a vitória sobre Juan Carlos Ferrero, que o qualificou para a disputa do bicampeonato de Roland Garros e da liderança do ranking da "corrida dos campeões", na partida contra Magnus Norman no próximo domingo (11).

A expressão traduz bem como foi o jogo contra o espanhol: difícil, sofrido e emocionante, mas sem que Kuerten desistisse jamais.

"Estou muito feliz de estar na final deste torneio, que para mim é o mais importante do mundo, pela segunda vez. Não são muitas pessoas que conseguem isso," disse Kuerten.

Kuerten nunca desistiu da partida, embora lá pelas tantas do quarto set, tudo parecesse perdido.

"Como me ensinou o meu técnico Larri Passos, através de um poeta gaúcho, o Paixão Cortês, não está morto quem pelea".

Kuerten exaltou o jogo de Ferrero, que deverá saltar para sétimo do ranking, com 264 pontos.

"O cara estava jogando bem e o jogo estava mais aberto para ele, mas estava lá, esperando a minha oportunidade. Em uma fase do jogo ele estava jogando as bolas nas linhas, no fundo e estava merecendo ganhar, mas mais uma vez cresci no jogo e terminei jogando muito bem o quinto set."

Durante a entrevista, muitos jornalistas fizeram perguntas comparando a campanha de 97 a deste ano, em que venceu vários jogos se saindo de situações difíceis e acabou se fortalecendo.

"Não é que eu esteja procurando armadilhas para me sair delas, mas toda vez que você ganha um jogo desses passa a acreditar mais. Hoje fiquei pensando que como eu havia me safado do Kafelnikov, poderia sair dessa hoje. Alguém me ajudou, mas eu também dei uma força."

"Foi uma das melhores partidas da minha vida e foi um dos melhores jogos do torneio. Eu estava curtindo muito estar na quadra. A atmosfera estava incrível. Mesmo se tivesse perdido teria saído satisfeito."

Apesar de ter pedido o atendimento do fisioterapeuta duas vezes e disputado uma partida de 3h38, Kuerten não está preocupado com as dores nas costas ou com o cansaço para a partida de domingo.

"Estou muito forte e estou tão entusiasmado que não estou sentindo o cansaço também. Passei por situações difíceis e estou pronto para jogar."

O catarinense garante que sua grande motivação é o título e não o primeiro lugar do ranking.

"Vim aqui com o objetivo de jogar bem esse torneio. Se eu vencer e isso me fizer ser número um da Corrida melhor. A motivação de estar na final vai ser muito grande e espero curtir muito o momento. Já vou fazer parte da história outra vez. Vou estar representando o Brasil, correndo atrás da bola e contando com a ajuda de todo o pessoal para ganhar".

Visite a página especial do Torneio de Roland Garros

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