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17/12/2005
-
09h22
TONI ASSIS
da Folha de S.Paulo, no Japão
Ele foi duas vezes campeão mundial (uma de clubes e outra de seleções) como mero coadjuvante. Mas, para ganhar sua terceira taça, o goleiro Rogério Ceni, 32, vai ter que se desdobrar.
Na semana que antecedeu o confronto do São Paulo de domingo, às 8h20, contra o Liverpool, pela decisão do Mundial de Clubes do Japão, ele foi "líder sindical" e uma espécie de porta-voz de um time sob forte tensão.
Em campo, a responsabilidade de vazar uma defesa que não sofre gols há 11 jogos foi imputada a quem teoricamente tem a missão de evitar, e não fazer gols.
"Nós temos o melhor batedor de faltas do Brasil. Se eles fizerem faltas, o Rogério vai estar pronto para as cobranças", declara o lateral-direito Cicinho.
"Sempre que possível vamos cavar uma falta perto da área porque temos o Rogério Ceni. Além de ele ser um grande goleiro, bate falta muito bem", afirmou o atacante Aloísio.
A imprensa internacional destacou a chance da invencibilidade da defesa do Liverpool acabar pelos pés de um goleiro, que é o maior artilheiro de seu time na temporada, com 21 gols.
Se, graças a sua precisão com os pés, a missão de balançar as redes parece fácil, Rogério sofreu nos últimos dias o mais duro teste da sua condição de líder são-paulino.
Ele esteve à frente da conturbada negociação para a definição do bicho pelo título mundial. Descreveu o valor acertado com os cartolas como muito bom e disse que jogaria o Mundial até de graça.
Depois do boicote contra a imprensa feito pelos são-paulinos, bateu boca com jornalistas segurando um papel que segundo ele listava "inverdades" publicadas. Até como guia de viagem e compras o goleiro agiu. Ele teme que o deslumbramento com o oásis de compras que é o Japão possa atrapalhar.
"Muitos aqui desse elenco jamais foram para o Japão. Acho que temos de nos concentrar em nosso foco, que é o título. Se não voltarmos com o título para o Brasil, não teremos mais motivos para festejar nada, pois ninguém quer saber do vice", disse o goleiro antes do embarque para a Ásia, onde o São Paulo tenta seu terceiro título mundial, marca inédita no futebol brasileiro.
A responsabilidade dada a Rogério de marcar gols é aumentada pelo retrospecto são-paulino em jogos oficiais no Japão. Em quatro partidas lá com esse status, o time marcou 12 vezes, ótima média de três por confronto.
Em compensação, o bom time do Liverpool terá pela frente um rival que sempre foi vazado nos compromissos oficiais no Japão.
Domingo, Rogério vai jogar com dores no joelho direito. Após a partida, ele quer fazer exames para determinar o problema.
Especial
Leia cobertura completa sobre o Mundial de Clubes
Rogério se torna centro das atenções no São Paulo
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da Folha de S.Paulo, no Japão
Ele foi duas vezes campeão mundial (uma de clubes e outra de seleções) como mero coadjuvante. Mas, para ganhar sua terceira taça, o goleiro Rogério Ceni, 32, vai ter que se desdobrar.
Na semana que antecedeu o confronto do São Paulo de domingo, às 8h20, contra o Liverpool, pela decisão do Mundial de Clubes do Japão, ele foi "líder sindical" e uma espécie de porta-voz de um time sob forte tensão.
Em campo, a responsabilidade de vazar uma defesa que não sofre gols há 11 jogos foi imputada a quem teoricamente tem a missão de evitar, e não fazer gols.
"Nós temos o melhor batedor de faltas do Brasil. Se eles fizerem faltas, o Rogério vai estar pronto para as cobranças", declara o lateral-direito Cicinho.
"Sempre que possível vamos cavar uma falta perto da área porque temos o Rogério Ceni. Além de ele ser um grande goleiro, bate falta muito bem", afirmou o atacante Aloísio.
A imprensa internacional destacou a chance da invencibilidade da defesa do Liverpool acabar pelos pés de um goleiro, que é o maior artilheiro de seu time na temporada, com 21 gols.
Se, graças a sua precisão com os pés, a missão de balançar as redes parece fácil, Rogério sofreu nos últimos dias o mais duro teste da sua condição de líder são-paulino.
Ele esteve à frente da conturbada negociação para a definição do bicho pelo título mundial. Descreveu o valor acertado com os cartolas como muito bom e disse que jogaria o Mundial até de graça.
Depois do boicote contra a imprensa feito pelos são-paulinos, bateu boca com jornalistas segurando um papel que segundo ele listava "inverdades" publicadas. Até como guia de viagem e compras o goleiro agiu. Ele teme que o deslumbramento com o oásis de compras que é o Japão possa atrapalhar.
"Muitos aqui desse elenco jamais foram para o Japão. Acho que temos de nos concentrar em nosso foco, que é o título. Se não voltarmos com o título para o Brasil, não teremos mais motivos para festejar nada, pois ninguém quer saber do vice", disse o goleiro antes do embarque para a Ásia, onde o São Paulo tenta seu terceiro título mundial, marca inédita no futebol brasileiro.
A responsabilidade dada a Rogério de marcar gols é aumentada pelo retrospecto são-paulino em jogos oficiais no Japão. Em quatro partidas lá com esse status, o time marcou 12 vezes, ótima média de três por confronto.
Em compensação, o bom time do Liverpool terá pela frente um rival que sempre foi vazado nos compromissos oficiais no Japão.
Domingo, Rogério vai jogar com dores no joelho direito. Após a partida, ele quer fazer exames para determinar o problema.
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