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15/03/2006 - 09h25

Pan-2007 turbina verba para confederações nacionais

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EDUARDO OHATA
da Folha de S.Paulo, no Rio

Quase a totalidade das confederações esportivas nacionais gastou mais dinheiro da verba da Lei Piva no ano passado, em comparação a 2004, por conta do Pan. O Comitê Olímpico Brasileiro disponibilizou R$ 2,9 milhões para a preparação para a competição. Em 2006, serão R$ 6 milhões.

O valor total recebido em 2005 pelas confederações para o Pan-07, que se soma aos percentuais que recebem normalmente, é superior ao que está estimado para o desporto universitário para 2006 --R$ 2,8 milhões, ou 5% do previsto para ser arrecadado este ano com a Lei Piva (R$ 56 milhões).

Para ter direito a verba adicional, as confederações terão de apresentar seus projetos ao COB, sujeitos a análise e aprovação.

"Com essa verba, cuja estrutura seguirá em 2007, daremos mais maleabilidade a nosso departamento técnico e corrigiremos distorções. Quem recebe pouco e não consegue se preparar pode mais do que dobrar o que recebe atualmente", explicou Nuzman.

No ano passado, o COB aprovou 2.768 projetos. Uma média de 11 projetos por dia, se considerados somente os dias úteis.

"Em 2005, pedimos um valor para os preparativos para o Pan superior ao que foi aprovado. Mas já deu para fazer muita coisa com os R$ 206 mil que recebemos para isso", comemora Luiz Claudio Boselli, presidente da Confederação Brasileira de Boxe.

Confederações, como a de basquete, que não pediram o dinheiro extra em 2005, já mostram a disposição de fazê-lo neste ano.

"No ano passado não houve necessidade. Mas, como temos dois Mundiais neste ano, que de toda a forma podem ser encarados como preparativos para o Pan, devemos estar pedindo [mais dinheiro]", justifica Gerasime Bosikis, o presidente da CBB.

Aprovada em julho de 2001, a Lei Piva destina 2% da arrecadação de todas as loterias da Caixa Econômica Federal ao COB e ao Comitê Paraolímpico Brasileiro.

No ano passado, o fundo olímpico (que também contempla o desporto escolar e o universitário) recebeu pouco mais de R$ 70 milhões. Desse dinheiro, R$ 59,9 milhões, ou 85%, foram direcionados ao COB e às confederações. O desporto escolar ficou com cerca de R$ 7 milhões, ou 10% do total, e o esporte universitário recebeu R$ 3,5 milhões.

Em 2003, o fundo olímpico recebeu R$ 55,8 milhões --esta é a argumentação usada pelo COB para sempre trabalhar com previsões de arrecadação tímidas.

Nuzman reforçou ontem, a exemplo do que fizera na prestação de contas da Lei Piva em 2005, o lobby em favor da lei de incentivo fiscal para o esporte. O presidente do COB afirmou que o ministro do Esporte, Agnelo Queiroz, que deixará o cargo no final do mês, pedirá ao presidente Lula apoio a uma lei de apoio nos moldes da que beneficia a cultura.

Em 2004, Lula afirmara durante a Conferência Nacional do Esporte que transformaria o fundo em realidade, mas depois frustrou expectativas de esportistas ao anunciar projeto de fomento à base no valor de R$ 300 milhões, que contudo não deixou o papel.

Nuzman acrescentou ainda que pretende realizar um estudo sobre as diversas formas de como é realizado o incentivo fiscal em outros países. O objetivo é usá-lo para tentar convencer os políticos de sua viabilidade no país.

Especial
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