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03/04/2006
-
09h30
TALES TORRAGA
da Folha de S.Paulo
Mais uma vez insatisfeito com a arbitragem, o técnico Vanderlei Luxemburgo apelou à ironia e ao deboche para alfinetar juízes e o chefe deles. Luxemburgo atribuiu à expulsão do zagueiro Luiz Alberto a derrota no clássico.
O santista disse que foi "paquerado" pelo árbitro Rodrigo Martins Cintra durante o jogo no Morumbi. "A única coisa que não gostei é que ele apitava e olhava para mim. Fez isso várias vezes. Eu não sou veado. Não sei se ele gosta", atacou o treinador, que depois recuou e disse que fizera as críticas em tom jocoso.
O treinador afirmou que outros árbitros --citou Sálvio Spínola-- têm olhado para ele ao fazerem marcações. "Se eu cometer uma indisciplina, podem me punir. Mas o coronel Marinho, que não é árbitro e veio para moralizar, tinha que olhar para isso", disse.
Durante o Paulista, Luxemburgo já criticara Marinho antes e tomou uma multa da Justiça Desportiva. Agora, disse que iria se conter, mas seguiu nos ataques.
Para o treinador, o árbitro foi decisivo para a vitória são-paulina. "A expulsão [de Luiz Alberto] foi injusta. Com isso, o jogo ficou desequilibrado para o São Paulo."
Luxemburgo, porém, minimizou os gols impedidos --um anulado e outro validado-- que o São Paulo marcou. "Toda hora acontece isso. O que não pode é o resultado se prender tanto ao árbitro, como foi na expulsão."
Os atletas santistas também reclamaram da arbitragem e da expulsão de Luiz Alberto. "O árbitro complicou. Foi uma falta normal dele. Se fosse assim, o Edcarlos também precisaria ser expulso no pênalti", reclamou o atacante Reinaldo. "Precisávamos de alguém mais experiente para apitar uma partida como esta."
Assim como o restante dos santistas, Luxemburgo demonstrou irritação e discutiu com alguns repórteres. Jogadores saíram de caras fechadas dos vestiários. O presidente Marcelo Teixeira se recusou a falar, usando seguranças. E alguns membros da comissão técnica chegaram a empurrar repórteres para passar.
O treinador reconheceu: o primeiro passo para ser campeão será superar o baque psicológico da derrota. Por isso, tentou minimizar o resultado contra o São Paulo. "Estamos disputando um campeonato contra todos os times, não só contra o São Paulo. Viemos para cá com a chance de sermos campeões ou não. Não fomos", completou o técnico.
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Luxemburgo explica revés e diz ter sido "paquerado" por juiz
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Mais uma vez insatisfeito com a arbitragem, o técnico Vanderlei Luxemburgo apelou à ironia e ao deboche para alfinetar juízes e o chefe deles. Luxemburgo atribuiu à expulsão do zagueiro Luiz Alberto a derrota no clássico.
O santista disse que foi "paquerado" pelo árbitro Rodrigo Martins Cintra durante o jogo no Morumbi. "A única coisa que não gostei é que ele apitava e olhava para mim. Fez isso várias vezes. Eu não sou veado. Não sei se ele gosta", atacou o treinador, que depois recuou e disse que fizera as críticas em tom jocoso.
O treinador afirmou que outros árbitros --citou Sálvio Spínola-- têm olhado para ele ao fazerem marcações. "Se eu cometer uma indisciplina, podem me punir. Mas o coronel Marinho, que não é árbitro e veio para moralizar, tinha que olhar para isso", disse.
Durante o Paulista, Luxemburgo já criticara Marinho antes e tomou uma multa da Justiça Desportiva. Agora, disse que iria se conter, mas seguiu nos ataques.
Para o treinador, o árbitro foi decisivo para a vitória são-paulina. "A expulsão [de Luiz Alberto] foi injusta. Com isso, o jogo ficou desequilibrado para o São Paulo."
Luxemburgo, porém, minimizou os gols impedidos --um anulado e outro validado-- que o São Paulo marcou. "Toda hora acontece isso. O que não pode é o resultado se prender tanto ao árbitro, como foi na expulsão."
Os atletas santistas também reclamaram da arbitragem e da expulsão de Luiz Alberto. "O árbitro complicou. Foi uma falta normal dele. Se fosse assim, o Edcarlos também precisaria ser expulso no pênalti", reclamou o atacante Reinaldo. "Precisávamos de alguém mais experiente para apitar uma partida como esta."
Assim como o restante dos santistas, Luxemburgo demonstrou irritação e discutiu com alguns repórteres. Jogadores saíram de caras fechadas dos vestiários. O presidente Marcelo Teixeira se recusou a falar, usando seguranças. E alguns membros da comissão técnica chegaram a empurrar repórteres para passar.
O treinador reconheceu: o primeiro passo para ser campeão será superar o baque psicológico da derrota. Por isso, tentou minimizar o resultado contra o São Paulo. "Estamos disputando um campeonato contra todos os times, não só contra o São Paulo. Viemos para cá com a chance de sermos campeões ou não. Não fomos", completou o técnico.
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