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A ética da liberdade na filosofia de Espinosa é tema de debate

da Folha Online
Juca Varella/Folha Imagem
 
 

Marilena Chaui, professora de filosofia da USP, durante palestra: "Paixão e Liberdade", no auditório da Folha.


As relações entre as paixões, as necessidades e a liberdade na obra de Espinosa foram o tema da palestra da professora de filosofia da USP Marilena Chaui, realizada segunda-feira (8/5), às 19h30, no auditório da Folha. A palestra deu início a um ciclo com a participação dos autores que escrevem na seção "Brasil 501 d.C.", do caderno Mais!.
Baruch de Espinosa (1632-1677), filósofo holandês, autor de "Ética", é considerado revolucionário ao subverter a tradição judaico-cristã de acreditar na existência de um ser supremo transcendente.
Segundo a professora, enquanto na tradição judaico-cristã a liberdade é a fonte de nosso mal e de nossa culpa, Espinosa diz que ela não nos tira a necessidade de agir.
"Assim como Deus é imanente ao mundo, a nossa mente é imanente ao corpo. Corpo e alma se equivalem, não há hierarquia de um sobre o outro", completa Chaui.
Uma diferença entre a filosofia do pensador holandês e aquela ditada por judeus e cristãos está no conceito de virtude. Marilena Chaui explica que as virtudes, na concepção dessas duas religiões, vêm da tristeza e do sofrimento. "Para Espinosa, a tristeza diminui a capacidade de existir", contrapõe.
O amor e o ciúme serviram de exemplo para a professora, que afirma que, segundo Espinosa, as paixões são sentimentos naturais e não vícios perversos. Chaui classificou o ciúme como a flutuação da alma.
"Nós amamos uma pessoa e tudo o que a faz feliz. E odiamos o que a aborrece. Mas se esse ser amado ama outra pessoa, esse terceiro é amado e odiado por nós ao mesmo tempo, porque se torna um rival, faz meu amado feliz e me deixa triste. O ciúme é isso _já não sabemos o que sentimos_ amor e ódio são simultâneos."
Para Marilena Chaui, a ética de Espinosa é a ética da liberdade. "Não há culpas. Nós só conseguiremos nos libertar da culpa originária por nossas atitudes, certas e erradas, quando reconhecermos que não há causa externa para o que nos acontece. A capacidade de viver bem está em nós mesmos, o mundo exterior é apenas a expressão dessa liberdade", afirma.
Questionada sobre a aplicação da ética de Espinosa no campo político, a professora disse que, para o holandês, no direito civil, o corpo político é o direito natural da massa, e explicou: "Todos nós queremos governar, e não ser governados. Só se muda um corpo político por meio da revolução, não há reforma capaz de provocar essa mudança".


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