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Os Estados Unidos e o Plano Colômbia

ROBERTO CANDELORI
ESPECIAL PARA A FOLHA

Hoje a Colômbia é o centro da América Latina. Pelo menos o centro das preocupações nesta parte do continente. Guerrilha, narcotráfico, paramilitares e uma latente guerra civil são os componentes explosivos dessa terra de Gabriel García Márquez, cujo cenário viu nascer os “Cem Anos de Solidão”.

As Farc e o ELN são os mais representativos grupos guerrilheiros. De orientação marxista, possuem uma agenda de reivindicações sociais que vai de uma reforma agrária integral a um plano político de mudanças que equacione problemas como desemprego, moradia e saúde pública.

Atualmente ocupam parte do país e nesse espaço fazem valer suas próprias leis, compondo um “Estado dentro do Estado”.

Para combater a crescente força revolucionária, surgiram nos anos 80 os paramilitares (AUC) de extrema direita, armados e treinados pelo Exército para combater a guerrilha marxista. No início, eram grupos privados de autodefesa, que protegiam fazendeiros ameaçados de sequestros e extorsões. Hoje são vistos como bandos armados que massacram camponeses suspeitos de apoiar a guerrilha.

Para complicar ainda mais esse universo de violência e ausência de leis, surge um novo personagem, que ganhou força no final dos anos 70, o narcotraficante, representado pela figura lendária de Pablo Escobar (morto em 93), líder do Cartel de Medelin. Os narcotraficantes mobilizam fortunas e se consolidam como um poder paralelo. Pagam impostos a guerrilha e alimentam a violência dos paramilitares.

Contra a vontade dos militares, o presidente Andrés Pastrana, decidiu negociar um acordo com os guerrilheiros e desmilitarizou parte do território. As Farc ocupou esse terreno e ampliou seus domínios, mas as negociações não avançaram. Agora Pastrana investe num programa de reformas. O “Plano Colômbia” prevê investimentos acima de US$ 7 bilhões. Com o aval dos EUA, esse plano visa a reduzir a produção e o tráfico de drogas além de combater a guerrilha.

Mas o que deixa os líderes da região em estado de alerta é, mais que o apoio logístico americano, a certeza de que o combate ao narcotráfico e a guerrilha levará o conflito para além das fronteiras colombianas. Nesse caso, a questão passa a ser também dos seus vizinhos.


Roberto Candelori é professor de atualidades do colégio Pueri Domus.

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