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Acervo da Fundação Casa de Jorge Amado
Jorge Amado em sua casa na Bahia, ao lado da mulher, em imagem dos anos 80 do arquivo fotográfico de Zélia Gattai cedida pela Fundação Casa de Jorge Amado
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  Por ele mesmo
Eu continuo firmemente pensando em modificar o mundo e acho que a literatura tem uma grande importância.
(1988)
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Jorge Amado não é apenas o maior romancista do Brasil.
É o amigo que todos gostariam de ter.
(Carlos Heitor Cony)
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POR ELE MESMO
Um pensamento que é respeitado

Leia uma seleção de frases ditas pelo escritor Jorge Amado e publicadas na imprensa durante sua carreira, feita pelo Banco de Dados da Folha de S. Paulo, e que destaca o pensamento de um gênio, muito respeitado no seu país em seus 88 anos de idade.

Entre elas, uma que reflete sobre a memória do povo brasileiro: "Quando você morre em um país sem memória, imediatamente eles te esquecem. Quando eu morrer, vou passar uns 20 anos esquecido."

Internacional
Que prêmio a mais pode querer um escritor cuja obra é lida em mais de 30 idiomas."
ISTOÉ, 08/10/1997
Jorge Amado, sobre o fato de nunca ter ganho o Prêmio Nobel.

Fama
Não escrevi meu primeiro livro pensando em ficar famoso. Escrevi pela necessidade de expressar o que sentia..."
JORNAL DO BRASIL, 30/06/1997
Jorge Amado, na inauguração da Casa de Cultura de Jorge Amado em Ilhéus (BA).

Texto
Eu não corrigia nada, escrevia apressadamente, essas coisas de juventude. Mas os revisores colaboravam bravamente."
FOLHA DE S.PAULO, 11/07/1996
Jorge Amado, 83, escritor, sobre os erros que estão sendo corrigidos por sua filha, Paloma Amado, em sua obra.

Tieta no cinema
Aceitei o convite com muita satisfação. O Cacá é um diretor muito talentoso. A Sônia é minha filha três vezes."
FOLHA DE S.PAULO, 08/08/1995
Jorge Amado, escritor, sobre sua participação no filme "Tieta", estrelado por Sônia Braga, ontem em "O Globo".

A vida
A vida me deu mais do que pedi e mereci. Não me falta nada. Tenho Zélia e isso me basta."
O ESTADO DE SÃO PAULO, 18/08/1996
Jorge Amado, escritor, ao completar 84 anos.

A elite
Nossas elites são, de fato, extremamente preconceituosas, não merecem grande atenção."
O ESTADO DE SÃO PAULO, 18/08/1996
Jorge Amado, escritor, sobre o preconceito das elites intelectuais brasileiras com relação à sua obra.

Socialismo
Acho que o socialismo é o futuro. A queda do muro significou o fim de ditaduras medonhas, que existiam em nome do comunismo, mas não eram comunismo na realidade. Acredito no avanço do homem em direção a um futuro melhor."
JORNAL DO BRASIL, 04/08/1995
Jorge Amado, escritor, quando perguntado se continuava comunista.

A França
Mas creio que na França há mais respeito pela privacidade das pessoas. No Brasil existe carinho, muito carinho, nenhum respeito."
O ESTADO DE SÃO PAULO, 22/07/1995
Jorge Amado, sobre sua mudança para Paris em busca de tranqüilidade para escrever um novo romance.

Escrever
Pobres dos escritores que não se derem conta disso: escrever é transmitir vida, emoção, o que conheço e sei, minha experiência e forma de ver a vida."
O ESTADO DE SÃO PAULO, 31/03/1995
Jorge Amado, escritor, comentando não escrever para ganhar prêmios quando da sua escolha para o Prêmio Camões.

Sexo
Para mim, o sexo sempre foi uma festa. Aos 82 anos, a festa é muito diferente do que era aos 20, aos 50, mesmo aos 60: é uma festa que é feita da experiência, do refinamento."
FOLHA DE S.PAULO, 1994
Jorge Amado, escritor, aos 82 anos.

Exílio
A gerente, que nos conheceu bolcheviques convictos e marginalizados, não entende nada quando vê o Mario presidente e outros, ministros e escritores famosos."
JORNAL DO BRASIL, 06/07/1993
Jorge Amado, escritor, sobre a convivência com Mario Soares na época do exílio, quando viviam em um hotel em Paris.

Cultura
Sou filho da cultura popular da Bahia e da cultura francesa. Esta é uma das minhas misturas."
JORNAL DO BRASIL, 22/12/1992
Jorge Amado, escritor, sobre a exposição em sua homenagem no Centro Georges Pompidou, em Paris.

Os 80 anos
Um escritor aos 80 anos está começando a aprender a escrever."
O ESTADO DE SÃO PAULO, 11/08/1992
Jorge Amado, escritor, ao completar 80 anos, sobre o ofício de escrever.

Homenagem aos 80
Só na Bahia poderia se ver tanta gente festejando um homem que não é político, fazendeiro, rico, cardeal ou general."
O ESTADO DE SÃO PAULO, 11/08/1992
Jorge Amado, escritor, sobre o show em homenagem aos seus 80 anos.

Prêmio Nobel
A coisa pior que pode acontecer a um escritor é ficar cavando prêmios."
O GLOBO, 07/08/1992
Jorge Amado, escritor, ao responder se aspirava ao Prêmio Nobel de Literatura.

Um Brasil melhor
O que está acontecendo no Brasil é como uma coceira, muita gente pensa que é lepra, mas é só uma coceira, vai acabar."
O GLOBO, 07/08/1992
Jorge Amado, escritor, ao responder se o Brasil tem condições de mudar para melhor.

Em Salvador
Na Europa, chamam-me de mestre, mas é caminhando pelas ruas de Salvador que eu me sinto à vontade."
FOLHA DE S.PAULO, 05/08/1992
Jorge Amado, escritor, em Salvador, às vésperas de completar 80 anos.

Cartas
Aprendi, nos anos em que estive exilado na Europa, de 48 a 52, uma coisa que o brasileiro sabe pouco, que é responder cartas. Me custa muito tempo, mas ainda hoje faço um esforço para responder."
JORNAL DA TARDE, 04/01/1992
Jorge Amado, escritor, sobre a correspondência com seus leitores.

Publicação
Mais difícil do que publicar um livro é escrever um bom livro."
JORNAL DA TARDE, 04/01/1992
Jorge Amado, escritor, sobre a dificuldade de publicação para um jovem autor.

Ditadura
Acho que o mais terrível foi a degradação do caráter. Em relação a duas coisas. Você teve a tortura. Em segundo lugar, a ditadura institucionalizou a corrupção. Hoje, esse mal faz parte dos costumes."
JORNAL DA TARDE, 04/01/1992
Jorge Amado, escritor, sobre as conseqüências da ditadura no Brasil.

País rico e país pobre
Mas enquanto houver miséria, enquanto houver Terceiro Mundo, pode ter certeza, meu amigo, que não haverá paz no mundo."
JORNAL DA TARDE, 04/01/1992
Jorge Amado, escritor, sobre as diferenças entre países ricos e pobres.

Humor
O humor não é coisa da juventude. O jovem tem força criadora, elã, paixão, entusiasmo e ímpeto, uma coisa que depois você tem menos. Depois você tem a experiência, e o humor é da experiência."
JORNAL DA TARDE, 04/01/1992
Jorge Amado, escritor, sobre a presença do humor na sua obra tardia.

Pelourinho
É necessário que os países do Primeiro Mundo entendam que é preciso preservar também cidades como Salvador, não apenas Roma ou Paris."
O GLOBO, 08/11/1991
Jorge Amado, escritor, sobre a má conservação do Pelourinho em Salvador (BA).

Literatura mundial
Não acredito em literatura latino-americana, acho este termo muito colonialista. Mas cada país do continente tem sua literatura, muito boa, por sinal."
O GLOBO, 08/11/1991
Quando de sua participação no júri do prêmio União Latina.

Militância
Para fazer uma coisa que não me diverte tenho que fazer um esforço muito grande."
FOLHA DE S.PAULO, 06/07/1991
Jorge Amado, escritor, sobre como a militância no PCB lhe tomava o tempo da literatura.

Memória
Quando você morre em um país sem memória, imediatamente eles te esquecem. Quando eu morrer, vou passar uns 20 anos esquecido."
FOLHA DE S.PAULO, 06/07/1991
Jorge Amado, escritor, sobre o ostracismo da obra de Érico Veríssimo e a produção literária brasileira atual.

Religião
Hoje, ser de outra religião que não a católica é um negócio ótimo, você até pode ser proprietário de rede de televisão..."
FOLHA DE S.PAULO, 06/07/1991
Jorge Amado, escritor, sobre lei, de sua autoria, garantindo liberdade de culto quando deputado constituinte em 1946.

Muro de Berlim
O capitalismo conserva-se o mesmo sistema frágil e injusto, produtor de guerras, de miséria, baseado no lucro, na ânsia do dinheiro. São razões muito miseráveis."
O GLOBO, 23/06/1991
Jorge Amado, escritor, sobre sua confiança no socialismo após a queda do muro de Berlim.

Romance inacabado
Histórias engraçadas e histórias trágicas. Porém, como tenho uma visão alegre da vida, guardo, sobretudo, a memória das coisas divertidas que me fizeram rir."
JORNAL DA TARDE, 31/05/1991
Jorge Amado, escritor, sobre o que iria contar em seu romance inacabado "Boris, O Vermelho".

Adaptação como violência 1
A adaptação de qualquer obra de um autor é sempre uma violência, mas considero as versões de meus romances para a televisão muito positivas, porque levam a obra a milhões de pessoas que não leriam o livro."
O GLOBO, 16/09/1989
Jorge Amado, escritor, em Paris, após assistir os capítulos da novela "Tieta do Agreste" em videocassete.

Adaptação como violência 2
A adaptação de uma obra literária para a televisão, cinema ou teatro, é uma violência contra o autor."
FOLHA DE S.PAULO, 01/08/1989
Jorge Amado, escritor, sobre a roteirização de "Tieta do Agreste" para uma novela da TV Globo.

Sobre escrever fora do Brasil
Infelizmente eu não posso escrever um livro no Brasil. Para trabalhar eu preciso fugir."
FOLHA DE S.PAULO, 05/11/1988
Jorge Amado, escritor, sobre o assédio que sofre na Bahia e o impede de escrever.

Dívida externa
Vejo somente uma solução para a dívida externa no Brasil. Não pagar. Não vejo outra."
FOLHA DE S.PAULO, 05/11/1988
Jorge Amado, escritor, sobre os problemas da economia brasileira.

Novelas
A novela leva a milhões de pessoas a imagem de personagens de romance, que ficariam restritas a públicos bem menores."
O GLOBO, 29/10/1988
Jorge Amado, escritor, sobre as telenovelas.

Ser o mais lido
Eu me sinto mal. Porque eu acho que deviam ter 50 escritores mais lidos no Brasil."
JORNAL DA TARDE, 03/09/1988
Jorge Amado, escritor, sobre como se sente sendo o escritor mais lido do país.

Verdades
Eu acho que o escritor verdadeiro é aquele que escreve sobre o que ele viveu."
JORNAL DA TARDE, 03/09/1988
Jorge Amado, escritor, sobre a experiência como fator preponderante na sua obra.

Futuro do país
Eu sou muito otimista, muito. O Brasil é um país com uma força enorme. Nós somos um continente, meu amor. Nós não somos um paisinho, nós somos um continente, com um povo extraordinário."
JORNAL DA TARDE, 03/09/1988
Jorge Amado, escritor, sobre o futuro do Brasil.

Democracia e socialismo
Sem democracia não há socialismo."
JORNAL DA TARDE, 03/09/1988
Jorge Amado, escritor, sobre o caráter das revoluções posteriores à Revolução Russa de 1917.

Socialismo 2
O socialismo não depende de você, nem de mim, nem de ninguém. O socialismo é a marcha inexorável da humanidade que marcha pra frente."
JORNAL DA TARDE, 03/09/1988
Jorge Amado, escritor, sobre a inevitabilidade do socialismo como sistema político.

Prêmio Nobel 2
Eu vou te responder. A minha resposta é a seguinte: eu acho prêmio em geral uma bestice."
JORNAL DA TARDE, 03/09/1988
Jorge Amado, escritor, sobre o Nobel não ter sido concedido a escritores brasileiros.

Prêmio Nobel 3
Eu tive mais da vida do que mereci, do que pedi. Sou um homem muito feliz com a vida.
JORNAL DA TARDE, 03/09/1988
Jorge Amado, escritor, sobre se não merecia o Prêmio Nobel de Literatura.

Crítica
Nenhum crítico ensina ninguém a fazer romance."
JORNAL DA TARDE, 16/01/1988
Jorge Amado, escritor, quando perguntado se aprendeu alguma coisa com a crítica.

Juventude 1
A juventude é um bem imenso que você não prolonga. A juventude se acaba, nem que você queira iludir-se com esse negócio de jovem de espírito. Jovem é jovem, ponto final."
JORNAL DA TARDE, 16/01/1988
Jorge Amado, escritor, sobre escrever menos conforme o avanço da idade.

Juventude 2
Pode haver muita deficiência no livro de um jovem, mas haverá também nele uma coisa fundamental - a força da juventude."
JORNAL DA TARDE, 16/01/1988
Jorge Amado, escritor, sobre o ímpeto e impulso dos jovens escritores.

Experiência
Isto faz com que eu seja hoje um homem muito tranqüilo diante da vida e diante das coisas, otimista como sempre fui."
JORNAL DA TARDE, 16/01/1988
Jorge Amado, escritor, sobre sua experiência de vida e seu convívio com grandes artistas e escritores.

Engajamento
Eu continuo firmemente pensando em modificar o mundo e acho que a literatura tem uma grande importância."
JORNAL DA TARDE, 16/01/1988
Jorge Amado, escritor, sobre o engajamento em literatura.

Diversão
Acho que você não deve fazer nada que não o divirta, lhe dê prazer. Também não deve exercer um ofício, uma profissão para a qual é incompetente."
JORNAL DA TARDE, 16/01/1988
Jorge Amado, escritor, sobre o fato de divertir-se escrevendo seus livros.

Infelicidade
Na realidade, o tema da infelicidade tem engendrado montanhas de livros horríveis, umas masturbações insuportáveis."
JORNAL DA TARDE, 16/01/1988
Jorge Amado, escritor, quando perguntado se o motor da criação literária é a infelicidade.

A máquina de escrever
Continuo batendo com dois dedos e errando muito. Devo dizer que sou um dos homens mais incapazes do mundo. A lista de minhas incapacidades é enorme."
JORNAL DA TARDE, 16/01/1988
Jorge Amado, escritor, quando questionado porque não trocava sua velha máquina de escrever mecânica por uma eletrônica.

Diploma universitário
Um instrumento anti-social e extremamente elitista."
FOLHA DE S.PAULO, 22/06/1986
Jorge Amado, escritor, sobre a obrigatoriedade do diploma universitário para o exercício da profissão de jornalista.

Brasil sério
É sério, mas é surrealista."
AFINAL, 22/10/1985
Jorge Amado, comentando a afirmação atribuída ao ex-presidente francês Charles de Gaulle de que o Brasil não é um país sério.


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De cima para baixo: Jorge Amado na mesa de jantar de sua casa (Eder Chiodetto - 26.set.97); com a atriz Sônia Braga na gravação do filme "Tieta do Agreste" (Xando Pereira - 06.ago.95); e na sua casa, na Bahia (Eder Chiodetto - 26.set.97), e na biblioteca (Cláudia Guimarães - 01.dez.94)