Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
13/02/2001 - 04h19

Rush estrela dois filmes na competição

Publicidade

da Folha de S.Paulo

O ator australiano Geoffrey Rush participa de dois filmes de destaque na Berlinale: "Contos Proibidos do Marquês de Sade" e "O Alfaiate do Panamá".

Em "Contos Proibidos do Marquês de Sade", do diretor Philip Kaufman, Rush é o excêntrico marquês de Sade. No filme de John Boorman, "O Alfaiate do Panamá", ele é Harry, um simples alfaiate.

Geoffrey Rush, que também atuou em "Shakespeare Apaixonado" e "Shine", falou à Folha sobre as diferenças entre os dois papéis e disse que ainda não sabe se participará do próximo filme do diretor brasileiro Walter Salles.

Folha - O que fez o sr. aceitar o papel de Harry, em "O Alfaiate do Panamá"?
Geoffrey Rush -
Geralmente penso nos argumentos que tenho para provar que não sou a pessoa certa para um papel.

Para este filme, por exemplo, eu avisei que não sabia dirigir.
Como eu faria Harry dirigindo, às vezes disparando com o carro em plena Cidade do Panamá?

Mas, com as técnicas de hoje, isso não foi problema.
Minha mulher (a atriz Jane Menelaus) também me convenceu de que era um papel perfeito para mim.

Folha - Um contraste frente ao marquês de Sade, não?
Rush -
Um contraste maravilhoso.
Aliás, os dois papéis estavam permanentemente ligados na minha cabeça, pois fiz os dois filmes praticamente juntos.
Um personagem, o marquês, era um exibicionista, o outro, Harry, era um "ninguém".
John Boorman (o diretor) definiu Harry muito bem, um homem bom.

Folha - O sr. teve contato com o autor, John le Carré?
Rush -
Na verdade, eu o conheci esta manhã, em Berlim. Mas ele me escrevia, muito animado.
Ele viveu por anos com este personagem, enquanto escrevia o livro, e ficou contente com o que fizemos.
Ele me mandou uma vez umas anotações, dizendo que eu havia criado um sonhador, uma criança, uma pessoa maravilhosa e blablablá.
Foi um dos mais importantes retornos que tive na vida.

Folha - Como foi aterrissar no Panamá?
Rush -
Bárbaro. Nunca tinha ido para a América Central ou para a América do Sul, sendo, então, uma espécie de aventura. Era algo completamente longe do que eu já tinha experimentado.
Por outro lado, eu cresci em Queensland (Austrália) e havia alguma coisa que eu reconheci, o clima, as palmeiras, a cor do céu, o que me fez sentir completamente em casa.
Além disso, eu descobri que sei dançar salsa muito bem (risos).

Folha - Qual é o seu próximo projeto?
Rush -
Entre outros, estamos estudando um filme com Walter Salles. Mas só estudando.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página