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19/03/2001 - 01h08

Crítica: Falta de "popstars" prejudica segunda edição de "No Limite"

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MARCELO BARTOLOMEI
Editor de Entretenimento da Folha Online

A ausência de candidatos a popstars é a grande vilã da segunda edição do programa "No Limite" (Globo, 22h30, aos domingos), que tem registrado uma audiência inferior à primeira versão da gincana, exibida no ano passado. O programa mantém uma média de 34 pontos no ibope desde que estreou, contra mais de 40 registrados no anteior.

Há outra hipótese para o fracasso do programa, baseado no "reality show" norte-americano "Survivor", que também está em sua segunda edição: o programa é o mesmo, igual em sua essência, nas intrigas e nas dificuldades dos participantes, só mudando a paisagem (trocou as praias do Ceará pelos cânions e o verde do Mato Grosso).

Na tentativa de alavancar o ibope, a Globo apelou para três fórmulas: dificultou demais as provas, que exigiram um alto condicionamento físico; revelaram um suposto romance entre os participantes Sávio e Eliane; e colocaram diante das câmeras o depoimento de uma concorrente homossexual (Lhitts).

Não precisava de nada disso, já que a fórmula do sucesso estava na provocação nem um pouco espontânea de discussões, brigas, preconceito e intrigas que expuseram na TV outra face da realidade humana.

Os ex-participantes Elaine, Andréia, Juliana, Pipa, Marcus, Amendoim, Vânderson, Chico, Ilma, Ilca, Thiago e Jefferson garantiram seus estrelatos. Dos 12 ex-participantes, apenas quatro não se transformaram em "personalidades". Os outros oito aproveitaram a exposição na mídia, posando em revistas, desfilando no Carnaval, dando entrevistas e até estrelando campanhas publicitárias.

A advogada Andréia Baptista, por exemplo, não entrava na frente das câmeras sem batom e um modelo "novo" de roupa. O sucesso de suas formas exibidas em biquínis coloridos -no último episódio, por exemplo, ela transformou uma faixa em bustiê- lhe rendeu a capa da revista Playboy de outubro passado.

Todos os participantes da primeira etapa se exibiam para as câmeras, faziam tudo em função delas, o que não acontece na atual versão da atração global, onde as pessoas são mais comuns ainda e disputam um prêmio, não uma carreira na mídia. Nesta edição, os participantes demonstram o incômodo que as câmeras produzem.

Televisão é showbizz e os ex-"No Limite" souberam aproveitar isso. Eles entraram na aventura pensando no prêmio de R$ 300 mil, mas terminaram nem ligando para ele, mas na mudança radical que sofreriam em suas vidas, sendo reconhecidos na rua e despertando interesse em todo o país.

Resultado: a terceira edição do programa depende do sucesso da segunda, que termina no próximo domingo, dia 25. Intuição: deve flopar.

Nos Estados Unidos e na Inglaterra, as TVs estão recorrendo a outras fórmulas para manter a TV realidade em alta. Em "Ilha da Tentação" (Fox), por exemplo, casais são colocados de frente com jovens modelos e induzidos à traição em uma ilha do Caribe. Já em "Touch the Truck", vence quem tiver mais resistência e permanecer em pé e acordado por mais tempo tocando com a palma da mão em uma Toyota de R$ 104 mil, o prêmio do programa.

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