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21/04/2000
-
14h33
da Folha de S.Paulo
Nos anos 40, quando os grandes estúdios de Hollywood mantinham sob contrato as maiores estrelas da época, era comum que filmes fossem feitos com o único propósito de mostrar o melhor de cada astro.
Era o "star system". Assim, Bette Davis precisava de papéis de mulher amargurada, Gary Cooper tinha de ser o herói íntegro, Joan Crawford adorava retratar a mulher independente e por aí vai.
"Erin Brockovich - Uma Mulher de Talento" é um filme que ressuscita o "star system". Não bastasse o cachê de US$ 20 milhões, Julia Roberts ganhou de bandeja uma produção que existe para deixar a moça exibir seus melhores dotes, artísticos e plásticos.
No papel de uma mãe solteira um tanto simplória e muito sexy, a estrela repete o tipo de personagem que a consagrou: uma pessoa comum envolvida numa situação inusitada.
Foi assim com a prostituta de "Uma Linda Mulher", com a universitária de "O Dossiê Pelicano", a amiga de Mel Gibson em "Teoria da Conspiração" e outros filmes.
Ao trabalhar para um advogado, Erin organiza um processo para defender uma comunidade contaminada por água poluída e o caso cresce de maneira explosiva. O que faz o filme ser um pouco mais do que um simples veículo para Julia Roberts mostrar o sorriso enorme, a barriguinha e os peitos ao que parece levemente turbinados com silicone é a direção inventiva.
Quem assina o filme é o talentoso Steve Soderbergh, de "Sexo, Mentiras & Videotape" e "Irresistível Paixão". Um diretor de primeira para tornar ainda mais agradável a deliciosa tarefa de ficar duas horas olhando para Julia Roberts.
Julia Roberts impulsiona volta do "star system"
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Nos anos 40, quando os grandes estúdios de Hollywood mantinham sob contrato as maiores estrelas da época, era comum que filmes fossem feitos com o único propósito de mostrar o melhor de cada astro.
Era o "star system". Assim, Bette Davis precisava de papéis de mulher amargurada, Gary Cooper tinha de ser o herói íntegro, Joan Crawford adorava retratar a mulher independente e por aí vai.
"Erin Brockovich - Uma Mulher de Talento" é um filme que ressuscita o "star system". Não bastasse o cachê de US$ 20 milhões, Julia Roberts ganhou de bandeja uma produção que existe para deixar a moça exibir seus melhores dotes, artísticos e plásticos.
No papel de uma mãe solteira um tanto simplória e muito sexy, a estrela repete o tipo de personagem que a consagrou: uma pessoa comum envolvida numa situação inusitada.
Foi assim com a prostituta de "Uma Linda Mulher", com a universitária de "O Dossiê Pelicano", a amiga de Mel Gibson em "Teoria da Conspiração" e outros filmes.
Ao trabalhar para um advogado, Erin organiza um processo para defender uma comunidade contaminada por água poluída e o caso cresce de maneira explosiva. O que faz o filme ser um pouco mais do que um simples veículo para Julia Roberts mostrar o sorriso enorme, a barriguinha e os peitos ao que parece levemente turbinados com silicone é a direção inventiva.
Quem assina o filme é o talentoso Steve Soderbergh, de "Sexo, Mentiras & Videotape" e "Irresistível Paixão". Um diretor de primeira para tornar ainda mais agradável a deliciosa tarefa de ficar duas horas olhando para Julia Roberts.
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