Publicidade
Publicidade
23/03/2001
-
15h37
da Reuters, em São Paulo
Que fã não adoraria carregar os instrumentos de seu ídolo, tomar uma cerveja com ele no bar ou ouvir a história de seus porres e dores de cotovelo? Pois o cineasta Cameron Crowe, aos 15 anos, fez isso e muito mais como jornalista da Rolling Stones.
Um pouco deste mundo de pop star pode ser visto em "Quase Famosos", estréia quase que obrigatória desta sexta-feira, que concorre aos Oscar de roteiro original, edição e atriz coadjuvante (Kate Hudson e Frances McDormand).
A música como caminho rumo à liberdade e o autoconhecimento é a temática deste ícone da cultura cinematográfica pop. O mesmo tema já havia sido aclamado pela crítica internacional em "Alta Fidelidade".
Mas "Quase Famosos", de Cameron Crowe, não é um mero hino de amor ao rock 'n' roll: é um filme sobre o amadurecimento em meio aos turbulentos anos 70 e sobre a escolha feita por um jovem por um jornalismo com ética e sensibilidade.
O cenário é a San Diego do início dos anos 70. O estreante Patrick Fugit é um jornalista iniciante, o desajeitado e inteligente William Miller, de 15 anos, papel baseado nas experiências do próprio Crowe.
Depois de fazer uns bicos para a revista "Creem" escrevendo sobre shows do Black Sabbath, Miller conquista a simpatia do crítico de música Lester Bangs (Philip Seymour Hoffman) e recebe um convite da revista Rolling Stones para entrevistar a banda fictícia Stillwater.
Alguns críticos enxergaram no filme um retrato das peripécias do grupo Led Zepellin, mas o fato é que a história pode ter se inspirado em uma dezena de grupos.
William acompanha o guitarrista Russel Hammon (Billy Crudup) e o vocalista Jeff Bebe (Jason Lee) em uma turnê pelos EUA, acompanhado da tiete angelical e sensual Penny Lane (Kate Hudson) e de outros membros da banda. Em meio a telefonemas da mãe superprotetora, mas boa praça, interpretada pela ótima Frances McDormand, do cínico editor de música da Rolling Stones e do rebelde amigo Lester Bangs, William observa as complexidades de uma banda diante do sucesso, enquanto se debate com questões sobre ética.
Além de tratar com carinho os seus personagens - com exceção dos jornalistas da "Rolling Stones", vistos como cínicos - Crowe recorre a bons recursos de câmera para mostrar o ponto de vista de William. Também se sai bem ao retratar a cultura pop da época. Há tomadas em travelling para acompanhar os movimentos dos personagens e um belo background de rock, com músicas de Led Zepellin a Simon and Garfunkel, além de uma linguagem e de um figurino que respiram rock 'n' roll.
"Quase Famosos" é um filme para todos - ou quase todos. Mas é principalmente para aqueles que vivenciaram (e vivenciam) a dor do amadurecimento e o amor pela música.
Leia mais notícias sobre o Oscar 2001
Comentário: "Quase Famosos" faz hino de amor ao rock
Publicidade
Que fã não adoraria carregar os instrumentos de seu ídolo, tomar uma cerveja com ele no bar ou ouvir a história de seus porres e dores de cotovelo? Pois o cineasta Cameron Crowe, aos 15 anos, fez isso e muito mais como jornalista da Rolling Stones.
Um pouco deste mundo de pop star pode ser visto em "Quase Famosos", estréia quase que obrigatória desta sexta-feira, que concorre aos Oscar de roteiro original, edição e atriz coadjuvante (Kate Hudson e Frances McDormand).
A música como caminho rumo à liberdade e o autoconhecimento é a temática deste ícone da cultura cinematográfica pop. O mesmo tema já havia sido aclamado pela crítica internacional em "Alta Fidelidade".
Mas "Quase Famosos", de Cameron Crowe, não é um mero hino de amor ao rock 'n' roll: é um filme sobre o amadurecimento em meio aos turbulentos anos 70 e sobre a escolha feita por um jovem por um jornalismo com ética e sensibilidade.
O cenário é a San Diego do início dos anos 70. O estreante Patrick Fugit é um jornalista iniciante, o desajeitado e inteligente William Miller, de 15 anos, papel baseado nas experiências do próprio Crowe.
Depois de fazer uns bicos para a revista "Creem" escrevendo sobre shows do Black Sabbath, Miller conquista a simpatia do crítico de música Lester Bangs (Philip Seymour Hoffman) e recebe um convite da revista Rolling Stones para entrevistar a banda fictícia Stillwater.
Alguns críticos enxergaram no filme um retrato das peripécias do grupo Led Zepellin, mas o fato é que a história pode ter se inspirado em uma dezena de grupos.
William acompanha o guitarrista Russel Hammon (Billy Crudup) e o vocalista Jeff Bebe (Jason Lee) em uma turnê pelos EUA, acompanhado da tiete angelical e sensual Penny Lane (Kate Hudson) e de outros membros da banda. Em meio a telefonemas da mãe superprotetora, mas boa praça, interpretada pela ótima Frances McDormand, do cínico editor de música da Rolling Stones e do rebelde amigo Lester Bangs, William observa as complexidades de uma banda diante do sucesso, enquanto se debate com questões sobre ética.
Além de tratar com carinho os seus personagens - com exceção dos jornalistas da "Rolling Stones", vistos como cínicos - Crowe recorre a bons recursos de câmera para mostrar o ponto de vista de William. Também se sai bem ao retratar a cultura pop da época. Há tomadas em travelling para acompanhar os movimentos dos personagens e um belo background de rock, com músicas de Led Zepellin a Simon and Garfunkel, além de uma linguagem e de um figurino que respiram rock 'n' roll.
"Quase Famosos" é um filme para todos - ou quase todos. Mas é principalmente para aqueles que vivenciaram (e vivenciam) a dor do amadurecimento e o amor pela música.
Leia mais notícias sobre o Oscar 2001
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice