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23/03/2001 - 18h24

Com poucos favoritos, Oscar pode revelar surpresas

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da France Presse, em Los Angeles

A dois dias da entrega da 73ª cerimônia de entrega do Oscar, as apostas são levemente favoráveis a "Gladiador", a superprodução de Ridley Scott que lidera a corrida com doze indicações, incluindo a de melhor filme. No entanto, apesar do favoritismo do filme de Scott, ninguém se atreve a descartar o surpreendente "O Tigre e o Dragão", o filme de artes marciais falado em mandarim e dirigido pelo taiuanês Ang Lee, que disputa com dez indicações, incluindo melhor filme e melhor filme estrangeiro.

"Traffic", de Steven Soderbergh sobre a complexa guerra dos Estados Unidos contra as drogas, também está no meio desta briga, da qual parecem excluídos "Chocolate" e "Erin Brockovich", apesar de o último ser o favorito dos americanos, segundo pesquisa feita recentemente.

"Erin Brockovich" talvez tenha que se consolar com o Oscar de melhor atriz para Julia Roberts, o único prêmio pelo qual todos estão dispostos a botar a mão no fogo. "É um desses anos em que é perigoso se arriscar a fazer previsões", escreveu recentemente o diretor do jornal "Variety".

Há algumas semanas o diretor britânico Ridley Scott parecia um vencedor seguro da estatueta de melhor diretor, mas as coisas se complicaram com a atribuição a Ang Lee do prêmio do Sindicato de Directores (DGA), que desde 1949 só errou quatro vezes em suas previsões.

Apesar de ter sido aclamado tanto por seu trabalho em "Traffic" como em "Erin Brockovich", Steven Soderbergh, que tem duas indicações, poderá pagar caro por isso.

Se na categoria de melhor atriz as adversárias de Julia Roberts - Joan Allen ("The Contender"), Juliette Binoche ("Chocolate"), Ellen Burstyn ("Requiem for a Dream") e Laura Linney ("You Can Count on Me") não têm muita esperança, para a escolha de melhor ator a competição é mais difícil.

O australiano Crowe, candidato no ano passado por "O Informante", disputa outra vez o prêmio por sua interpretação em "Gladiador". Tom Hanks fez uma boa interpretação em "Náufrago", mas muitos temem que os eleitores não se atrevam a transformá-lo, com apenas 44 anos, no único ganhador da história com três Oscar de melhor ator.

Ed Harris, que vive um atormentado artista em "Pollock", e o espanhol Javier Bardem, que concorre pela primeira vez ao prêmio por "Antes de Anoitecer" também têm boas chances.

O outro hispânico na disputa, o costa-riquenho Benicio Del Toro, que encarna um policial mexicano em "Traffic", é o favorito na categoria de melhor ator coadjuvante, junto com Albert Finney ("Erin Brockovich"), que já foi quatro vezes candidato ao prêmio.

Entre as atrizes coadjuvantes a concorrência parece ter se concentrado entre a britânica Judi Dench ("Chocolate") e as duas atrizes de "Quase Famosos", a veterana Frances McDormand e Kate Hudson.

Na categoria de melhor filme estrangeiro, o Oscar parece destinado a "O Tigre e o Dragão", em detrimento da obra do mexicano Alejandro González Iñárritu, "Amores Perros".

A ceremônia, apresentada pelo comediante Steve Martin, será celebrada pela última vez no Shrine Auditorium, antes de passar, no próximo ano para sua nova casa em Hollywood, onde o Oscar foi criado, em 1929.

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