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26/04/2001 - 18h43

Diário de uma Backstreet Girl: ficar na fila pode significar final de namoro

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da Folha Online

Taís Ximenes, 17, teve hoje mais uma briga com o namorado Patrick. O motivo? Para ele Taís está dedicando mais tempo aos rapazes do Backstreet Boys do que a ele.

A Folha Online vai publicar o diário de uma fã até o dia do show

Taís está acampada na fila de barracas montadas em frente ao estacionamento do Centro de Convenções do Anhembi, onde serão realizados os shows da banda Backstreet Boys, em São Paulo, nos dias 5 e 6 de maio.

"Nós já brigamos várias vezes por causa do Back. Hoje ele não queria que eu viesse pra cá. Mas eu conheço o grupo a mais tempo", diz Taís que namora há três anos e é fã da banda há quatro. Mas logo depois ela volta atrás: "Ele vai entender".

A rotina de Taís mudou completamente com o anúnciou da "boy band" em São Paulo. O primeiro passo foi conseguir dinheiro para os ingressos dos dois shows. Para o show do dia 5 o ingresso ela teve que convecer seu pai a dar o dinheiro, mas para comprar o do segundo dia Taís teve que trabalhar como cobradora de lotação durante quatro dias para conseguir o dinheiro. "Eu faria qualquer coisa para conseguir", diz.

No entanto, mesmo com a mudança, Taís ainda tem esperanças de ser aprovada no concurso para tenente que pretende fazer no ano que. Ela tem dormido todas as noites no acampamento, mas vai para a escola de manhã e à tarde vai para casa descansar. "Eu trago os livros para estudar aqui", diz.

Descontração

"Funerária vai com Deus, boa tarde!". Quem faz uma chamada para um dos telefones públicos usados pelas "Backstreet Girls" no acampamento pode pensar que discou o número errado. É que elas adotaram várias brincadeiras para espantar telefonemas indesejados, mas isso, ao contrário de ser uma demonstração de mau humor, é uma prova do clima de descontração e da animação que existe no acampamento.

No último final de semana, uma festa com direito a bolos, balões coloridos, docinhos e refrigerantes foi feita em comemoração ao aniversário de uma das "moradoras" da fila. Como sempre, cada um cooperou com o que pôde para fazer a festa.

A bagunça que alguns meninos fazem à noite e de manhã cedo é, na opinião de Taís, mais uma forma de descontrair o lugar. E até os boatos de que argentinas viriam acampar na fila nos próximos dias e que roqueiros iriam "destruir" as barracas já não têm preocupado tanto.

Final de semana

O acampamento já ocupou o canteiro central e promete aumentar no próximo final de semana. Segundo Taís, já há barracas de garotas de cidades do interior de São Paulo e de Santa Catarina.

"No final de semana sempre aumenta o número de pessoas novas, e as que já estão acampadas ficam aqui no sábado e no domingo. Eu já tive que dividir barraca com 15 meninas", diz.

Uma das pessoas que faz com que a população de acampadas aumente no final de semana é a mãe de Taís, que dorme ao lado da filha nesses dias. "Ela me apóia porque sabe que eu estou esperando por eles há quatro anos".

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