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06/08/2001
-
22h53
da Folha de S.Paulo
Leia a declaração do escritor português José Saramago sobre a morte do escritor baiano Jorge Amado:
"Em primeiro lugar, é uma notícia que se esperava, mais cedo ou mais tarde, porque Jorge estava bastante doente. Como em todos os casos, mas em particular neste, porque ninguém queria que Jorge Amado se fosse deste mundo, íamos esperando que ele aguentasse, mesmo sabendo que ele não iria mais escrever. Chegou o dia em que ele não pôde aguentar mais. No Brasil, penso que é caso para luto nacional. Em Portugal talvez não chegue a tanto, mas não seria má idéia que se demonstrasse não só o desgosto, mas a admiração que a obra e a pessoa mereciam. Ele já não está cá, mas estão os livros. Pensemos na Zélia, que tem agora a responsabilidade de acarinhar a obra de Jorge Amado, como ela sempre fez, mas agora ela está praticamente sozinha. Ela agora vai ser, além dos livros, o que nos fica de Jorge Amado. É uma grande perda para a literatura brasileira, para a literatura em língua portuguesa, para a literatura universal".
Leia mais notícias sobre a morte de Jorge Amado
Saramago diz que morte de Amado é perda para literatura universal
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Leia a declaração do escritor português José Saramago sobre a morte do escritor baiano Jorge Amado:
"Em primeiro lugar, é uma notícia que se esperava, mais cedo ou mais tarde, porque Jorge estava bastante doente. Como em todos os casos, mas em particular neste, porque ninguém queria que Jorge Amado se fosse deste mundo, íamos esperando que ele aguentasse, mesmo sabendo que ele não iria mais escrever. Chegou o dia em que ele não pôde aguentar mais. No Brasil, penso que é caso para luto nacional. Em Portugal talvez não chegue a tanto, mas não seria má idéia que se demonstrasse não só o desgosto, mas a admiração que a obra e a pessoa mereciam. Ele já não está cá, mas estão os livros. Pensemos na Zélia, que tem agora a responsabilidade de acarinhar a obra de Jorge Amado, como ela sempre fez, mas agora ela está praticamente sozinha. Ela agora vai ser, além dos livros, o que nos fica de Jorge Amado. É uma grande perda para a literatura brasileira, para a literatura em língua portuguesa, para a literatura universal".
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