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06/08/2001 - 23h16

"Jorge conseguiu um feito literário muito raro", diz Nélida Piñon

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da Folha de S.Paulo

Leia a declaração da escritora Nélida Piñon sobre a morte do escritor baiano Jorge Amado:

"Jorge conseguiu um feito literário muito raro, que é inventar um país, um território mítico, mas, ao mesmo tempo, muito próximo de todos. Ele povoou esse território mítico com criaturas que só podiam ser brasileiras e, ao mesmo tempo, arquetípicas; que têm o nosso rosto, as nossas máscaras. Jorge criou grandes figuras femininas, emblemáticas, e valorizou de forma extraordinária os excluídos. Deu-lhes uma dimensão de intensa humanidade; além disso, deu-lhes visibilidade. Ele pega aquele povo da beira do cais, as prostitutas, as mulheres marcadas aparentemente pela infelicidade, e extrai delas um retrato poderoso. Ele nos obriga a ver que atrás de um ser excluído pela sociedade há criaturas fantásticas, que correspondem à nossa psique coletiva, à nossa demanda popular. Deixa-nos um grande legado, um legado literário e sociológico".

Leia mais notícias sobre a morte de Jorge Amado
 

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