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08/08/2001
-
14h38
da France Presse, em Berlim
A Berlim do início do século 20, as visões apocalípticas da Primeira Guerra Mundial e seus efeitos sobre os grandes movimentos artísticos contemporâneos são o núcleo de uma exposição que é apresentada na Neue Nationalgalerie da capital alemã.
Oitenta mil visitantes compareceram à mostra "Ernst Ludwig Kirchner e o acaso da Prússia" desde a sua inauguração, no fim de abril. Eles viram obras do naturalismo, impressionismo, expressionismo e verismo (catálogo editorial G+H/Berlim).
A exibição, que vai até o próximo dia 12, gira em torno do quadro "Potsdamer Platz" (Praça de Potsdam), de Kirchner, co-fundador, em 1905, em Dresden (Leste), do grupo Die Brücke, junto com Erich Heckel e Karl Schmidt-Rottluff.
O óleo sobre a mítica plataforma histórica da Berlim mundana, pintado em 1914, é uma das imagens mais emblemáticas do expressionismo alemão desde que o grupo começou a viver as experiências da cidade grande, em 1908.
A Berlim noturna, modelada por Lesser Ury, Max Beckmann e Emil Nolde, dialoga na mostra com as "cocottes" e seus amantes, pintados por Edouard Manet, Edgar Degas, Henri de Toulouse-Lautrec e Edvard Munch, mas também por Kirchner.
As visões apocalípticas da guerra foram imortalizadas nas obras de Otto Dix, George Grosz, Rudolf Schlichter y Heinrich Maria Davringhausen. O horror dos crimes sexuais e a grave situação social no pós-guerra na República de Weimar são apresentados com um realismo cruel por Dix, Grosz e Beckmann.
Os dadaístas, como Hannah Höch, Raoul Hausmann, John Hartfield, Kurt Schwitters e Hans Arp, fazem sua crítica aos valores tradicionais, à monotonia, ao vazio da sociedade e celebram o triunfo do grotesco.
A exposição reúne ainda criações da década de 20, que destacou o absurdo e a crueldade da guerra, mas também se rebelou revolucionariamente contra o Estado, os militares e a Igreja, com o objetivo intransigente de alcançar um efeito político direto sobre a opinião pública.
Mostra sobre expressionismo em Berlim já foi vista por 80 mil
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A Berlim do início do século 20, as visões apocalípticas da Primeira Guerra Mundial e seus efeitos sobre os grandes movimentos artísticos contemporâneos são o núcleo de uma exposição que é apresentada na Neue Nationalgalerie da capital alemã.
Oitenta mil visitantes compareceram à mostra "Ernst Ludwig Kirchner e o acaso da Prússia" desde a sua inauguração, no fim de abril. Eles viram obras do naturalismo, impressionismo, expressionismo e verismo (catálogo editorial G+H/Berlim).
A exibição, que vai até o próximo dia 12, gira em torno do quadro "Potsdamer Platz" (Praça de Potsdam), de Kirchner, co-fundador, em 1905, em Dresden (Leste), do grupo Die Brücke, junto com Erich Heckel e Karl Schmidt-Rottluff.
O óleo sobre a mítica plataforma histórica da Berlim mundana, pintado em 1914, é uma das imagens mais emblemáticas do expressionismo alemão desde que o grupo começou a viver as experiências da cidade grande, em 1908.
A Berlim noturna, modelada por Lesser Ury, Max Beckmann e Emil Nolde, dialoga na mostra com as "cocottes" e seus amantes, pintados por Edouard Manet, Edgar Degas, Henri de Toulouse-Lautrec e Edvard Munch, mas também por Kirchner.
As visões apocalípticas da guerra foram imortalizadas nas obras de Otto Dix, George Grosz, Rudolf Schlichter y Heinrich Maria Davringhausen. O horror dos crimes sexuais e a grave situação social no pós-guerra na República de Weimar são apresentados com um realismo cruel por Dix, Grosz e Beckmann.
Os dadaístas, como Hannah Höch, Raoul Hausmann, John Hartfield, Kurt Schwitters e Hans Arp, fazem sua crítica aos valores tradicionais, à monotonia, ao vazio da sociedade e celebram o triunfo do grotesco.
A exposição reúne ainda criações da década de 20, que destacou o absurdo e a crueldade da guerra, mas também se rebelou revolucionariamente contra o Estado, os militares e a Igreja, com o objetivo intransigente de alcançar um efeito político direto sobre a opinião pública.
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