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01/07/2000
-
03h08
da Folha de São Paulo
O geógrafo Aziz Ab'Saber, do Instituto de Estudos Avançados da USP, e o diretor-técnico do Condephaat, órgão estadual responsável pela preservação do patrimônio histórico, João Guilherme de Castro, polarizaram o debate sobre a construção de empreendimento comercial do Grupo Silvio Santos no quarteirão da Bela Vista, em São Paulo, onde está localizado o teatro Oficina, que abrigou o encontro anteontem.
Castro argumentou que o pré-projeto aprovado pelo Condephaat em 1997 "é viável e legal". Disse que o impedimento de construção na área envoltória do imóvel, em um raio de 300 metros, não se encaixa no caso do Oficina, já vizinho de um prédio residencial e de um viaduto.
"Não é verdade que apenas o alicerce do teatro foi tombado, mas principalmente o seu valor histórico e cultural", afirma Ab'Saber, que presidia o Condephaat em 1982 e diz ter se esforçado pessoalmente para aprovar o tombamento do Oficina.
Castro diz que o Condephaat atual "não tem força para controlar" o processo. Ab'Saber discorda: "Quem faz a força do Condephaat são seus membros. Que sejam trocados então por ilustres da arquitetura e do urbanismo".
O encontro precedeu lançamento do livro "Teatro Oficina, 1980-1984", de Lina Bo Bardi, Edson Elito e José Celso Martinez Corrêa, autografado pelos dois últimos. Entre os cerca de 300 presentes que a organização contou, estavam a atriz octogenária Renée Gumiel, o ator Hugo Possolo e um grupo de sem-teto. (VS)
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Geógrafo Ab'Saber critica Condephaat no caso do Teatro Oficina
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O geógrafo Aziz Ab'Saber, do Instituto de Estudos Avançados da USP, e o diretor-técnico do Condephaat, órgão estadual responsável pela preservação do patrimônio histórico, João Guilherme de Castro, polarizaram o debate sobre a construção de empreendimento comercial do Grupo Silvio Santos no quarteirão da Bela Vista, em São Paulo, onde está localizado o teatro Oficina, que abrigou o encontro anteontem.
Castro argumentou que o pré-projeto aprovado pelo Condephaat em 1997 "é viável e legal". Disse que o impedimento de construção na área envoltória do imóvel, em um raio de 300 metros, não se encaixa no caso do Oficina, já vizinho de um prédio residencial e de um viaduto.
"Não é verdade que apenas o alicerce do teatro foi tombado, mas principalmente o seu valor histórico e cultural", afirma Ab'Saber, que presidia o Condephaat em 1982 e diz ter se esforçado pessoalmente para aprovar o tombamento do Oficina.
Castro diz que o Condephaat atual "não tem força para controlar" o processo. Ab'Saber discorda: "Quem faz a força do Condephaat são seus membros. Que sejam trocados então por ilustres da arquitetura e do urbanismo".
O encontro precedeu lançamento do livro "Teatro Oficina, 1980-1984", de Lina Bo Bardi, Edson Elito e José Celso Martinez Corrêa, autografado pelos dois últimos. Entre os cerca de 300 presentes que a organização contou, estavam a atriz octogenária Renée Gumiel, o ator Hugo Possolo e um grupo de sem-teto. (VS)
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