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03/07/2000 - 13h24

Crítica: "Digimon" não passa de um xerox cara-de-pau de "Pokémon"

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Divulgação

Cena do desenho "Digimon"
"Um Treinador de verdade
sempre saberá qual é
o seu desenho favorito."


  • Do personagem Tracey, amigo de Ash, respondendo carta de um leitor preocupado com os rivais Digimons, na revista "Pokémon Club" nº 17.


    RICARDO FELTRIN
    Colunista do "Agora São Paulo",
    especial para a Folha Online

    Se a Rede Globo por acaso está apostando todas as suas fichas em "Digimon" para derrotar "Pokémon", é melhor se preparar para a encrenca. E encrenca em dobro.

    Os monstrinhos digitais, que estrearam hoje de manhã no Brasil no programa de Angélica, chegam a ser patéticos.

    Não pela qualidade gráfica ou sonora do desenho _e sim pela "chupança" descarada, do plágio desavergonhado dos personagens do desenho exibido pela rival Record.

    "Digimon" não passa de um xerox cara-de-pau de "Pokémon". Está todo mundo lá. Você tem o Taishi (que é o Ash); a Mimi (que é a Misty); o Joe Kid (que equivale ao Brock) e até um "cover" do professor Carvalho.

    Se fosse só isso, ainda vá lá. Mas a "sanguessuguice" vai muito além.

    "Digimon" também suga a estrutura dos personagens e da história de "Pokémon". Qualquer pequenino e inocente leitor perceberá que qualquer semelhança não é uma mera coincidência.

    No "novo" desenho da Globo _e isso só no primeiro episódio_ pudemos ver as cópias de Charmilion, Raichu, Moltres, Pinsir, Zapdos e um impressionante irmão-gêmeo de Oddish. Até o nervoso Electabuzz tem seu "parente" digital.

    O desenho tem ainda uma versão da bendita pokeagenda de Ash Ketchum _claro, com outro nome, mas com o mesmíssimo formato e a finalidade de explicar quem são os monstrinhos e seus golpes principais.

    A pergunta é: por que a Globo aposta que as crianças vão querer assistir a uma cópia, e não ao original?

    A resposta é que "Pokémon" só tem 104 capítulos dublados no Brasil, e todos já passaram mais de uma vez. E os capítulos de "Digimon" serão inéditos pelos próximos meses.

    Por causa disso, é bem possível que os monstrinhos digitais vençam algumas batalhas contra os monstrinhos de bolso. Isso já aconteceu nos Estados Unidos. Mas é tããããão de vez em quando, que não chega a fazer cócegas nas bochechinhas do Pikachu.

    Ah, já ia esquecendo de outro plágio, digamos assim, básico: enquanto os pokémons evoluem, os tais digimons "desenvolvem". Ora, por favoooor... Poupem-me!

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