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23/08/2001 - 19h38

Folclore vive na voz dos contadores em São Luís do Paraitinga (SP)

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CAROLINA FARIAS
free-lance para a Folha Vale

Quem nunca ouviu falar em lobisomem, mula-sem-cabeça, saci e outras "assombrações" vai ter uma boa oportunidade de conhecer essas histórias folclóricas neste final de semana, em São Luís do Paraitinga.

O tema da festa do folclore da cidade é "Tem Lobisomem pra Tudo Quanto É Gosto". O evento conta com peças de teatro, bailes, desfile de bonecões e, principalmente, muitos contadores de histórias, que vão narrar contos e "causos" do folclore nacional e regional.

A cidade histórica do Vale do Paraíba é conhecida como um dos últimos redutos caipiras e, como é de conhecimento geral, todo "matuto" tem um "causo" para contar.

"O festival de contadores nasceu da idéia de ouvir as histórias dos moradores daqui", disse o pesquisador e contador de histórias Giba Pedroza.

Segundo o pesquisador, que se apresenta amanhã, as lendas e "causos" narrados pelos moradores de São Luís têm uma característica parecida com as do escritor Câmara Cascudo.

"É a pureza que atrai. Essas histórias fazem parte da tradição oral e têm uma força muito grande", disse o pesquisador.

Ele explica que essa força vem de experiências "vividas", que são transformadas com o tempo e o cotidiano das pessoas.

"Às vezes, até eu me envolvo e acho que o que estou narrando, eu testemunhei. Você se envolve", afirma Pedroza.

A Prefeitura de São Luís do Paraitinga organizou um concurso de redação entre os alunos das redes estadual, municipal e particular de ensino. O objetivo é montar oficinas permanentes de contadores de histórias.

Contadores de histórias da indústria de cosméticos Natura são voluntários para ensinar o "ofício" às crianças. As redações estarão expostas, durante o festival, em um varal na Casa Doutor Oswaldo Cruz.

No sábado, acontece o Baile do Lobisomem, no Clube de Campo da cidade, que, por coincidência, fica próximo do cemitério.

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