Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
17/12/2001 - 11h18

RPGs e jogos de aventura não seriam os mesmos sem obra de Tolkien

Publicidade

REINALDO JOSÉ LOPES
free-lance para a Folha

Para qualquer um que já tenha empunhado os inefáveis dados das partidas de RPG ("role-playing game" ou "jogo de interpretação"), a coisa está mais do que clara: o mundo dos jogos de aventura teria outra cara se não houvesse "O Senhor dos Anéis".

Que o diga Douglas Quinta Reis, 47, da principal editora de RPGs no Brasil e jogador há 13 anos. De acordo com ele, o Dungeons & Dragons, primeiro RPG a ser criado, surgiu em 1974 (um ano depois da morte de Tolkien), carregando muita influência do mundo tolkieniano.

Os americanos Gary Gygax e Dave Arneson, criadores do jogo, rechearam seu mundo com elfos, anões e halflings -batizados assim para evitar problemas de direitos autorais. Mas a grande marca de "O Senhor dos Anéis" é o grau de detalhe da Terra-Média.

"Aquilo é "o" cenário. Tolkien fez o que um mestre de RPG faz hoje ao detalhar a história, a geografia , as línguas e outros elementos que não aparecem diretamente no enredo, mas criam essa ilusão de realidade.", afirma Douglas Reis.

O Dungeons & Dragons foi apenas o primeiro dos jogos de interpretação a usar o ambiente mágico tolkieniano. Na área do RPG, veio o jogo oficial da Trilogia do Anel (o extinto "Middle-Earth RPG") e cenários como o de Gurps Fantasy, que usaram a fórmula do universo mágico e das raças não-humanas. Isso sem falar nos games como a série "Zelda" (alguém aí adivinha por que o protagonista é um elfo?) ou nos "card games".

Para Leão Carvalho, 18, o RPG funcionou como passagem para o universo tolkieniano: pouco depois de começar a jogar, ele seguiu o conselho de sua mãe (que insistia para que ele lesse Tolkien) e se apaixonou: "Acho que a grande façanha dele foi trazer a magia de volta para o mundo", afirma. Já Alex Barbosa da Silva, 21, toca noutro ponto: "Tolkien é primordial para o RPG pela capacidade de criar todo um universo, que é exatamente o que a gente faz num bom jogo".
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página