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19/12/2001 - 17h51

"Me sinto muito chique e ao mesmo tempo ridículo", diz Supla

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CARLA NASCIMENTO
da Folha Online

O cantor Supla, 36, mostrou hoje à imprensa o que o espectador de "Casa dos Artistas", do SBT, já sabia: seu carisma. Em entrevista coletiva realizada em São Paulo, Supla falou com bom humor sobre o programa, que terminou no domingo passado, sobre os motivos de sua participação no "reality show" da emissora, discorreu sobre a história do movimento punk, falou de rock, deu sua opinião sobre política, cantou, deu declarações inusitadas e fez mais propaganda de seu novo CD, "Charada Brasileiro".

Filho da prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), e do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), o cantor falou com a mesma espontaneidade que ele também parecia ter durante o programa, o que lhe rendeu o primeiro lugar na preferência do público e o segundo prêmio na "Casa dos Artistas".

De cara, Supla disse aos repórteres que estava se sentindo "muito chique e ao mesmo tempo ridículo" por estar falando em uma coletiva.

Supla também explicou porque aceitou o convite de Silvio Santos para participar do programa e porque continuou até o final. "Eu aceitei pra divulgar o CD. Depois fui ficando pra atormentar os caras. Resolvi ficar lá e fazer daquilo uma coisa boa", afirmou o cantor.

Certamente, mesmo tendo ficado em segundo lugar no programa, Supla foi o "morador" da "Casa" que mais faturou até o momento. Há menos de um mês nas bancas, o CD de Supla já vendeu mais de 250 mil cópias e o cantor está com a agenda de shows comprometida até o final de janeiro.

Apesar de admitir ter uma "visão comercial" para sua carreira, Supla disse que não pretende fazer concessões para agradar o público mais popular que ganhou com a fama conseguida no programa. "Quando eu vou fazer uma música eu penso em mim primeiro, no que eu estou sentindo, alguma crítica que eu quero fazer", disse.

Sobre a carreira fora dos estúdios de gravação e dos shows de divulgação do novo trabalho, o cantor disse que não ter recebido nenhum convite para apresentar programas na TV ou para fazer novelas. "Mas, se tiver, vamos conversar."

Leia a seguir algumas frases de Supla, ditas na entrevista:

Bárbara Paz: "A gente se ajudou. Depois que a gente ficou junto eu falei pra ela: não é a vida real o que a gente tá passando. Nós aqui estamos sendo umas cobaias loucas. Lá fora a gente vai ver."

Disco de platina: "Gostei muito quando vi o Silvio Santos com aquela mãozinha de esmalte e anel no dedo segurando meu CD. Eu pensei: vem coisa boa. É o homem do baú que está segurando."

Alexandre Frota: "O Frota é engraçado, apesar do jeito que ele tem de tratar as mulheres. Eu gosto do jeito dele de se expressar, é popular."

Prêmio da APCA (revelação do ano): "Parece que é um prêmio importante".

Movimento punk: "Ser punk é pegar uma coisa simples e transformá-la. Sou punk da minha butique, do jeito que eu quero me expressar. Punk pode ser diversão e política. Meu pai é totalmente punk porque ele quer mudar as coisas, ele luta pra isso. Tem gente que coloca umas tachinhas na roupa e diz que é anarco-punk, mas não faz nada pra mudar as coisas."

Roberto Carlos: "Aquela música 'Jesus Cristo' é legal. Ele tem várias músicas bonitas. Eu fui no show dele e, no final, eu falei para ele que dessa parte religiosa bastava 'Jesus Cristo'."

Política: "Para entrar na política você tem que querer ajudar as pessoas. Não pode ser visto como mais um emprego. No momento eu não tenho tempo pra isso."

Prêmio da "Casa dos Artistas": "Lógico que eu estava torcendo pra mim. Eu falei pra ela [Bárbara]: não vem com esse papinho de hippie de teatro não."

Troféu do "Qual é a Música?": "Mais punk do que aquilo, impossível."

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