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29/12/2001
-
19h55
da Folha Online
Leia algumas frases da cantora Cássia Eller, que morreu hoje aos 39 anos, no Rio de Janeiro.
"Quando criança, queria fugir com o circo, mas acabei sendo garçonete e cozinheira, aos 18 anos, em Brasília."
"Eu tenho influência de rock, como também tenho de música brasileira. Mas isso não me preocupa, não. Por mais que eu seja doidona, escrachada, debochada, numa atitude mais rock'n'roll, eu tenho aquela coisa de MPB, sim. São dois lados bem fortes em mim. Não fico pensando nisso, não."
"Não quero ter de me preocupar com nada a não ser o palco, o show, a música. Preciso confiar e ter um bom relacionamento com quem me vende. Não quero gastar meu tempo fazendo isso. Vai me tirar o humor. Vou me tornar uma pessoa mais amarga. Então preciso muito do meu empresário. É igual casamento, porque pode mudar tudo na sua vida."
"Não tenho nem formação musical acadêmica nem nada acadêmico. Nem porra nenhuma. Estudei até o segundo grau, mas não terminei. Eu era normalista lá em Brasília. Repeti o segundo ano umas quatro vezes, mas já tava cantando. Passava a noite inteira acordada aí não tinha jeito de estudar de manhã e de tarde. Porque no curso normal tinha de estudar de manhã e à tarde. Não há cristão que aguente isso. Aí não deu certo não, tive que largar. Também já não gostava mesmo."
"Nunca pensei assim em atingir uma meta ou um objetivo musical. Eu queria era fazer show, só isso. Eu arrumava a banda e tal, mas o máximo que eu pensava assim, no futuro, era fazer aquele show. Eu queria gravar disco, mas não pensava em carreira, seria uma consequência daquilo que eu tava fazendo."
"Eu estudava canto numa escola de música, queria ser cantora de ópera. Mas a idéia só durou uns seis meses. Não dava certo meu estilo de vida com o jeito dos cantores clássicos. Tem que ter muita disciplina. E eu até tenho, mas é do meu jeito."
"Eu tava meio com medo de conhecer Waly Salomão. Mas aí vi que era um cara ótimo, um grande amigo meu, cara sensacional e que me ajudou a fazer o disco "Veneno Antimonotonia". Foi o disco que eu tive mais liberdade pra fazer até agora."
"O Waly fez com que eu me sentisse segura. Fez com que eu visse que dou conta de fazer um disco, que era a coisa que eu tinha mais medo na vida. Ele assinou a produção do disco pra que eu e a banda pudéssemos fazer a produção, de fato. Ele botou o nome dele, mas quem fazia tudo mesmo era a gente. A gente conversava, perguntava para os técnico. Porque a gente não entendia porra nenhuma daquilo. E o Waly falava: "vocês têm o direito de fazer isso, o disco é de vocês e tal... E foi bom que a gravadora não interferiu em nada"
"Para o disco que gravei só com violões (Ao Vivo, 1996) chamei o Serginho Serra, que me apresentou o Waltinho, o Walter Villaça, que é um dos melhores músicos com quem já toquei na minha vida. Fiquei muito feliz em conhecer esse cara."
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"Quando criança, queria fugir com o circo, mas acabei sendo garçonete e cozinheira, aos 18 anos, em Brasília."
"Eu tenho influência de rock, como também tenho de música brasileira. Mas isso não me preocupa, não. Por mais que eu seja doidona, escrachada, debochada, numa atitude mais rock'n'roll, eu tenho aquela coisa de MPB, sim. São dois lados bem fortes em mim. Não fico pensando nisso, não."
"Não quero ter de me preocupar com nada a não ser o palco, o show, a música. Preciso confiar e ter um bom relacionamento com quem me vende. Não quero gastar meu tempo fazendo isso. Vai me tirar o humor. Vou me tornar uma pessoa mais amarga. Então preciso muito do meu empresário. É igual casamento, porque pode mudar tudo na sua vida."
"Não tenho nem formação musical acadêmica nem nada acadêmico. Nem porra nenhuma. Estudei até o segundo grau, mas não terminei. Eu era normalista lá em Brasília. Repeti o segundo ano umas quatro vezes, mas já tava cantando. Passava a noite inteira acordada aí não tinha jeito de estudar de manhã e de tarde. Porque no curso normal tinha de estudar de manhã e à tarde. Não há cristão que aguente isso. Aí não deu certo não, tive que largar. Também já não gostava mesmo."
"Nunca pensei assim em atingir uma meta ou um objetivo musical. Eu queria era fazer show, só isso. Eu arrumava a banda e tal, mas o máximo que eu pensava assim, no futuro, era fazer aquele show. Eu queria gravar disco, mas não pensava em carreira, seria uma consequência daquilo que eu tava fazendo."
"Eu estudava canto numa escola de música, queria ser cantora de ópera. Mas a idéia só durou uns seis meses. Não dava certo meu estilo de vida com o jeito dos cantores clássicos. Tem que ter muita disciplina. E eu até tenho, mas é do meu jeito."
"Eu tava meio com medo de conhecer Waly Salomão. Mas aí vi que era um cara ótimo, um grande amigo meu, cara sensacional e que me ajudou a fazer o disco "Veneno Antimonotonia". Foi o disco que eu tive mais liberdade pra fazer até agora."
"O Waly fez com que eu me sentisse segura. Fez com que eu visse que dou conta de fazer um disco, que era a coisa que eu tinha mais medo na vida. Ele assinou a produção do disco pra que eu e a banda pudéssemos fazer a produção, de fato. Ele botou o nome dele, mas quem fazia tudo mesmo era a gente. A gente conversava, perguntava para os técnico. Porque a gente não entendia porra nenhuma daquilo. E o Waly falava: "vocês têm o direito de fazer isso, o disco é de vocês e tal... E foi bom que a gravadora não interferiu em nada"
"Para o disco que gravei só com violões (Ao Vivo, 1996) chamei o Serginho Serra, que me apresentou o Waltinho, o Walter Villaça, que é um dos melhores músicos com quem já toquei na minha vida. Fiquei muito feliz em conhecer esse cara."
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