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31/12/2001
-
18h32
da Folha de S.Paulo, no Rio
O cardiologista Rafael Leite Luna, que atendeu Cássia Eller duas horas antes da morte da cantora, disse hoje suspeitar que o óbito tenha sido provocado pela ingestão de drogas, álcool e remédios para dormir.
Luna, 69, afirmou que dois terços do coração da cantora estavam "muito comprometidos", o que pode ter sido causado pelo uso continuado de drogas.
"A droga é uma das possibilidades. Aos 39 anos, você não pensa em doença comum do coração", afirmou Luna, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Ele disse que não tem como saber qual droga ela pode ter usado. Luna suspeita de álcool _porque a cantora estava grogue_ e de remédios para dormir porque Cássia teria dito na clínica que os ingerira. Luna afirmou não ter certeza se a cantora usou cocaína. "Cocaína faz o coração ficar lento, e o coração dela batia rápido."
O médico contou que chegou à clínica Santa Maria (Laranjeiras, zona sul do Rio) por volta das 17h de sábado. Eller sofria então a segunda parada cardíaca. O cardiologista ainda presenciou a terceira e última parada, por volta das 19h.
Ele disse que encontrou Cássia entubada e sob ação de medicamentos. "Ela estava muito excitada, caindo. Três, quatro pessoas tinham que ficar perto da cama para segurá-la", afirmou ele, que foi chamado pelo empresário Ronaldo Villas para atendê-la.
O médico disse que perguntou aos que acompanhavam a artista se ela usara drogas. Segundo ele, não houve resposta.
Luna disse ter percebido que a cantora apresentava muitas lesões e machucados na cabeça e no corpo _decorrentes, segundo diz ter deduzido, de quedas que ela levara devido a seu estado de agitação. "Os machucados e lesões pareciam naturais de queda. Não pareciam de briga", afirmou.
O registro da morte na 10ª Delegacia informa que ela tinha arranhões nas coxas e um hematoma na testa. A lesão, diz o registro, seria do tipo "das produzidas por ações contundentes".
O cardiologista depôs ontem. Também foram intimados três médicos da clínica.
Um inspetor foi à casa da percussionista Lanlan, que levou Cássia à clínica. Ela afirmou que, na manhã de sábado, recebeu telefonema em que Cássia dizia estar passando mal e pedia ajuda.
Lanlan e a irmã Tamina, também percussionista, viajaram ontem para Salvador. Elas prestarão depoimentos à polícia.
Saiba tudo no especial Cássia Eller
Médico suspeita de morte da cantora por "intoxicação múltipla"
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O cardiologista Rafael Leite Luna, que atendeu Cássia Eller duas horas antes da morte da cantora, disse hoje suspeitar que o óbito tenha sido provocado pela ingestão de drogas, álcool e remédios para dormir.
Luna, 69, afirmou que dois terços do coração da cantora estavam "muito comprometidos", o que pode ter sido causado pelo uso continuado de drogas.
"A droga é uma das possibilidades. Aos 39 anos, você não pensa em doença comum do coração", afirmou Luna, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Ele disse que não tem como saber qual droga ela pode ter usado. Luna suspeita de álcool _porque a cantora estava grogue_ e de remédios para dormir porque Cássia teria dito na clínica que os ingerira. Luna afirmou não ter certeza se a cantora usou cocaína. "Cocaína faz o coração ficar lento, e o coração dela batia rápido."
O médico contou que chegou à clínica Santa Maria (Laranjeiras, zona sul do Rio) por volta das 17h de sábado. Eller sofria então a segunda parada cardíaca. O cardiologista ainda presenciou a terceira e última parada, por volta das 19h.
Ele disse que encontrou Cássia entubada e sob ação de medicamentos. "Ela estava muito excitada, caindo. Três, quatro pessoas tinham que ficar perto da cama para segurá-la", afirmou ele, que foi chamado pelo empresário Ronaldo Villas para atendê-la.
O médico disse que perguntou aos que acompanhavam a artista se ela usara drogas. Segundo ele, não houve resposta.
Luna disse ter percebido que a cantora apresentava muitas lesões e machucados na cabeça e no corpo _decorrentes, segundo diz ter deduzido, de quedas que ela levara devido a seu estado de agitação. "Os machucados e lesões pareciam naturais de queda. Não pareciam de briga", afirmou.
O registro da morte na 10ª Delegacia informa que ela tinha arranhões nas coxas e um hematoma na testa. A lesão, diz o registro, seria do tipo "das produzidas por ações contundentes".
O cardiologista depôs ontem. Também foram intimados três médicos da clínica.
Um inspetor foi à casa da percussionista Lanlan, que levou Cássia à clínica. Ela afirmou que, na manhã de sábado, recebeu telefonema em que Cássia dizia estar passando mal e pedia ajuda.
Lanlan e a irmã Tamina, também percussionista, viajaram ontem para Salvador. Elas prestarão depoimentos à polícia.
Saiba tudo no especial Cássia Eller
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