Publicidade
Publicidade
01/01/2002
-
18h24
FERNANDA DA ESCÓSSIA e
ROSAYNE MACEDO
da Folha de S. Paulo
Três médicos do hospital em que morreu Cássia Eller, além de um dos porteiros do prédio em que ela morava, são esperados nesta quarta-feira para depor na 10ª Delegacia Policial, em Botafogo (zona sul).
O delegado Gláucio de Sousa Santos quer esclarecimentos sobre o estado em que a cantora saiu de casa e o atendimento na clínica Santa Maria, em Laranjeiras (zona sul), onde ela morreu, na noite de sábado.
Ouvido ontem à tarde na delegacia, o cardiologista Rafael Leite Luna disse acreditar que Eller pode ter morrido em decorrência de intoxicação exógena múltipla, causada por uma mistura de drogas, álcool e remédios para dormir.
O empresário da cantora, Ronaldo Villas, disse ontem que Eller não estava usando cocaína.
"Não fazia parte da rotina recente dela", afirmou o empresário.
Ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Luna afirmou que o coração da cantora estava muito comprometido. Ele presenciou as duas últimas paradas cardíacas sofridas por Eller e disse que o quadro era compatível com uso de drogas.
"Havia muita dúvida, porque com cocaína o coração fica lento, e o coração dela estava muito rápido. O médico de plantão me disse que ela tinha ingerido muito álcool. Ela não estava dizendo coisas muito claras, mas parece que se referiu a medicamentos para dormir que teria tomado na noite anterior", afirmou Luna.
Luna contou também que Eller chegou ao hospital excitada, tonta, sem conseguir ficar de pé e com machucados pelo corpo, resultantes de quedas que levara. O corpo de Eller foi necropsiado para análise toxicológica de sangue e vísceras. O laudo sai em 20 dias.
A percussionista Lan Lan, que acompanhou Eller à clínica, está desde segunda-feira em Salvador, na Bahia. A mãe de Lan Lan, que se identificou apenas como Célia, disse à Folha, por telefone, que a filha está "muito abalada e só quer o convívio da família".
Muito nervosa, Célia disse que Lan Lan é "um anjo de bondade" e foi à clínica "apenas como amiga". Não informou quando a filha estará de volta ao Rio para prestar depoimento à polícia.
Eller foi homenageada por artistas que fizeram shows no Réveillon da orla do Rio. Zélia Duncan, Cláudio Zoli e banda Afro Rio cantaram sucessos interpretados por Eller. Elba Ramalho fez o mesmo na praia de Ramos (zona norte do Rio). Em Salvador, a homenagem foi prestada por Caetano Veloso.
A cantora deveria se apresentar na noite de 31 de dezembro na praia da Barra da Tijuca (zona oeste). Ela foi substituída por Luciana Melo, filha de Jair Rodrigues.
Saiba tudo no especial Cássia Eller
Médicos e porteiro devem depor nesta 4ª sobre morte de Cássia Eller
Publicidade
ROSAYNE MACEDO
da Folha de S. Paulo
Três médicos do hospital em que morreu Cássia Eller, além de um dos porteiros do prédio em que ela morava, são esperados nesta quarta-feira para depor na 10ª Delegacia Policial, em Botafogo (zona sul).
O delegado Gláucio de Sousa Santos quer esclarecimentos sobre o estado em que a cantora saiu de casa e o atendimento na clínica Santa Maria, em Laranjeiras (zona sul), onde ela morreu, na noite de sábado.
Ouvido ontem à tarde na delegacia, o cardiologista Rafael Leite Luna disse acreditar que Eller pode ter morrido em decorrência de intoxicação exógena múltipla, causada por uma mistura de drogas, álcool e remédios para dormir.
O empresário da cantora, Ronaldo Villas, disse ontem que Eller não estava usando cocaína.
"Não fazia parte da rotina recente dela", afirmou o empresário.
Ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Luna afirmou que o coração da cantora estava muito comprometido. Ele presenciou as duas últimas paradas cardíacas sofridas por Eller e disse que o quadro era compatível com uso de drogas.
"Havia muita dúvida, porque com cocaína o coração fica lento, e o coração dela estava muito rápido. O médico de plantão me disse que ela tinha ingerido muito álcool. Ela não estava dizendo coisas muito claras, mas parece que se referiu a medicamentos para dormir que teria tomado na noite anterior", afirmou Luna.
Luna contou também que Eller chegou ao hospital excitada, tonta, sem conseguir ficar de pé e com machucados pelo corpo, resultantes de quedas que levara. O corpo de Eller foi necropsiado para análise toxicológica de sangue e vísceras. O laudo sai em 20 dias.
A percussionista Lan Lan, que acompanhou Eller à clínica, está desde segunda-feira em Salvador, na Bahia. A mãe de Lan Lan, que se identificou apenas como Célia, disse à Folha, por telefone, que a filha está "muito abalada e só quer o convívio da família".
Muito nervosa, Célia disse que Lan Lan é "um anjo de bondade" e foi à clínica "apenas como amiga". Não informou quando a filha estará de volta ao Rio para prestar depoimento à polícia.
Eller foi homenageada por artistas que fizeram shows no Réveillon da orla do Rio. Zélia Duncan, Cláudio Zoli e banda Afro Rio cantaram sucessos interpretados por Eller. Elba Ramalho fez o mesmo na praia de Ramos (zona norte do Rio). Em Salvador, a homenagem foi prestada por Caetano Veloso.
A cantora deveria se apresentar na noite de 31 de dezembro na praia da Barra da Tijuca (zona oeste). Ela foi substituída por Luciana Melo, filha de Jair Rodrigues.
Saiba tudo no especial Cássia Eller
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice