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04/01/2002 - 19h01

Advogado diz que Cássia Eller se descontrolou em Brasília e no Rio

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FERNANDA DA ESCÓSSIA
da Folha de S. Paulo, no Rio

O advogado da percussionista Lan Lan (Elaine Silva Moreira), Arthur Lavigne, disse que Cássia Eller havia passado por momentos de descontrole em Brasília, onde passou o Natal com a família, e na noite do dia 28 no Rio. Foi Lan Lan quem levou Eller ao hospital no dia 29. A cantora morreu no mesmo dia após sofrer três paradas cardíacas.

Em sua última noite (de sexta para sábado), enquanto falava com a percussionista, Eller estava tão agitada que contou à amiga que quebrara o telefone de casa.

"Ela tinha isso [acessos], foi onde ela se machucou. A Eugênia [companheira de Eller] e as irmãs dela já tinham alertado que ela estava numa fase dessas, de descontrole", disse Lavigne. Os amigos contaram que Eller costumava quebrar objetos em suas crises.

Segundo ele, Lan Lan, que irá depor na polícia na próxima quinta-feira, contará que, na última noite que Cássia passou com vida (de sexta para sábado), ela consumiu cerveja no ensaio com a banda. Isso preocupou os amigos, justamente por causa da fase de agitação da cantora.

"Já tinha uma preocupação em torno dela, porque, quando ela começava a beber, não conseguia parar. Ela já chegou machucada de Brasília (onde passou o Natal), tinha tido lá esses acessos. Ela não estava bem. Ela tomou cerveja. Para ela, bastavam três, nessa fase, e ela ficava descontrolada", afirmou o advogado.

Eller chegou a fazer terapia por causa das crises, mas teria abandonado. Lavigne disse que, se a cantora consumiu drogas no ensaio, os amigos não viram. Segundo ele, Lan Lan saiu de táxi junto com Eller do ensaio de sexta-feira e que cada uma foi para sua casa.

Preocupada com a amiga, Lan Lan telefonou várias vezes para Eller, oferecendo-se para ficar com ela e perguntando se ela estava precisando de ajuda. Eller dizia que não, pois queria ficar sozinha. Mostrava-se muito agitada ao telefone. "A Lan Lan sabia que ela estava bebendo", afirmou Lavigne.

No último telefonema, por volta das 2h, Eller contou que havia quebrado o telefone e iria dormir. Disse a Lan Lan que ficasse tranquila e que, se quisesse localizá-la, ligasse para o celular.

De manhã, Lan Lan recebeu um telefonema de Eller, dizendo que estava passando mal. Junto com a percussionista Tamima, com quem divide apartamento, Lan Lan foi até a casa de Eller tentar ajudá-la, sempre na versão do advogado.

Na manhã de sábado, uma faxineira ouviu _enquanto encerava o corredor_ gritos e choro alto vindos do apartamento de Eller. Não conseguiu, porém, entender o teor da conversa. "Lan Lan e Tamima saíram com a Cássia para dar uma volta de carro e tomar uma água de coco. Acho que foram até a Barra", afirmou o advogado.

Eller estava alcoolizada e não apresentava melhoras. A essa altura, amigos e parentes já estavam telefonando para saber da cantora, e alguém, que o advogado não soube precisar, sugeriu que ela fosse levada à clínica Santa Maria, em Laranjeiras (zona sul do Rio de Janeiro).

O advogado disse não ter informações sobre um eventual relacionamento entre Eller e Lan Lan. A percussionista está na casa de parentes, em Salvador, e depõe junto com Tamima, também percussionista da banda de Eller.

O empresário da cantora, Ronaldo Villas, foi ouvido anteontem à noite pela polícia. "Eu vi que ela tomou cerveja, duas ou três, no ensaio", contou Villas, dizendo que não viu Eller consumir drogas.

Villas disse que Eller parecia cansada e chateada no ensaio _mas não sabia o motivo da tristeza da amiga. O empresário disse que não ficou até o final do ensaio. Ele disse também que Eller não tomava remédios _ "nem para dor de cabeça". Segundo ele, quando queria relaxar, Eller tomava remédios naturais, à base de plantas _"tipo maracujina".

Saiba tudo no especial Cássia Eller
 

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