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06/01/2002
-
04h11
FERNANDA DA ESCÓSSIA
da Folha de S.Paulo, no Rio
Companheira de Cássia Eller por 14 anos, a mineira Maria Eugênia Vieira Martins, 40, disse que vai pedir a guarda do filho da cantora, Chicão, porque se sente mãe dele. "Ele é meu filho."
Sobre a morte da companheira, ela arrisca um palpite: infarto. Nega que houvesse um relacionamento amoroso entre a cantora e a percussionista Lan Lan (Elaine Moreira), que levou Eller ao hospital. Eugênia está na casa de uma irmã, em Brasília, e falou à Folha por telefone.
Folha - Por que você decidiu pedir a guarda de Francisco na Justiça?
Maria Eugênia Vieira Martins - Tenho o apoio de toda a família da Cássia, com exceção do pai. É meu filho. Cuido dessa criança desde antes de ela nascer. Está sendo muito difícil, mas o mínimo que pode acontecer para o Francisco é ele ter a escola dele, os amigos dele e a vida dele. Não me imagino vivendo sem essa criança. Acompanhei a gravidez. Eu me considero mãe dele, e ele me considera mãe dele. A gente tem de levar em conta o desejo da Cássia e, acima de tudo, do Francisco. O melhor para ele agora é continuar com a mãe dele, com a mãe que sobrou.
Folha - O pai de Cássia Eller negou ter dito que pediria a guarda de Francisco, mas disse que poderia vir para o Rio ajudar a criar o garoto. O que você acha disso?
Eugênia - Não existe possibilidade de morar com essa pessoa. Principalmente depois dessas declarações. Recebi o pai da Cássia na minha casa durante mais de dois meses, ele foi extremamente bem tratado, sempre tive uma relação muito boa com ele. Morar com ele é uma hipótese que não existe.
Folha - Havia um relacionamento amoroso entre Cássia e Lan Lan?
Eugênia - A Lan Lan é uma amiga muito querida, trabalhava com a Cássia havia muitos anos. Já viajamos juntas para a casa da família dela. Quanto a essa questão do relacionamento das duas, desconheço, é uma besteira.
Folha - O pai de Cássia teria levantado a possibilidade de "homicídio causado por uma triangulação amorosa".
Eugênia - O que espanta nessas declarações do Eller é ele jogar o nome da filha dele assim. É uma besteira. Não estou preocupada com isso. Acho que o interesse dele é financeiro. Cássia não deixou testamento nem fez seguro. Se existe algum seguro, é da gravadora, e não temos conhecimento.
Folha - Como estava Cássia nos últimos dias?
Eugênia - Muito deprimida. Foi um ano muito intenso, de muito trabalho. Tinha a questão do sucesso, a relação com o dinheiro. Cássia era muito simples. Estava muito estressada. Realmente não deve ser fácil, para uma pessoa tímida, lidar com isso. A Cássia era muito tímida e não estava sabendo se relacionar com isso.
Folha - Ela tinha voltado a usar drogas?
Eugênia - Há um ano ela começou um tratamento de desintoxicação. Ela estava bebendo. É o que sei. Droga, pelo menos perto de mim e do Francisco, não acontecia. Ela não estava reagindo bem à bebida, justamente por causa do estresse e da depressão. Começou a fazer análise, mas o tratamento era irregular. Quando estava no Rio, quando conseguia tempo, ia. Agora estava parado.
Folha - Você tem algum palpite sobre a morte da Cássia?
Eugênia - Acho que teve um infarto. Estava estressada, numa idade de risco, com hábitos de risco. Acho que a clínica não conseguiu diagnosticar.
Folha - Houve falha no atendimento?
Eugênia - Não sou médica, não quero levantar falsas acusações.
Saiba tudo no especial Cássia Eller
Companheira de Cássia Eller diz que vai pedir a guarda de Chicão
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da Folha de S.Paulo, no Rio
Companheira de Cássia Eller por 14 anos, a mineira Maria Eugênia Vieira Martins, 40, disse que vai pedir a guarda do filho da cantora, Chicão, porque se sente mãe dele. "Ele é meu filho."
Sobre a morte da companheira, ela arrisca um palpite: infarto. Nega que houvesse um relacionamento amoroso entre a cantora e a percussionista Lan Lan (Elaine Moreira), que levou Eller ao hospital. Eugênia está na casa de uma irmã, em Brasília, e falou à Folha por telefone.
Folha - Por que você decidiu pedir a guarda de Francisco na Justiça?
Maria Eugênia Vieira Martins - Tenho o apoio de toda a família da Cássia, com exceção do pai. É meu filho. Cuido dessa criança desde antes de ela nascer. Está sendo muito difícil, mas o mínimo que pode acontecer para o Francisco é ele ter a escola dele, os amigos dele e a vida dele. Não me imagino vivendo sem essa criança. Acompanhei a gravidez. Eu me considero mãe dele, e ele me considera mãe dele. A gente tem de levar em conta o desejo da Cássia e, acima de tudo, do Francisco. O melhor para ele agora é continuar com a mãe dele, com a mãe que sobrou.
Folha - O pai de Cássia Eller negou ter dito que pediria a guarda de Francisco, mas disse que poderia vir para o Rio ajudar a criar o garoto. O que você acha disso?
Eugênia - Não existe possibilidade de morar com essa pessoa. Principalmente depois dessas declarações. Recebi o pai da Cássia na minha casa durante mais de dois meses, ele foi extremamente bem tratado, sempre tive uma relação muito boa com ele. Morar com ele é uma hipótese que não existe.
Folha - Havia um relacionamento amoroso entre Cássia e Lan Lan?
Eugênia - A Lan Lan é uma amiga muito querida, trabalhava com a Cássia havia muitos anos. Já viajamos juntas para a casa da família dela. Quanto a essa questão do relacionamento das duas, desconheço, é uma besteira.
Folha - O pai de Cássia teria levantado a possibilidade de "homicídio causado por uma triangulação amorosa".
Eugênia - O que espanta nessas declarações do Eller é ele jogar o nome da filha dele assim. É uma besteira. Não estou preocupada com isso. Acho que o interesse dele é financeiro. Cássia não deixou testamento nem fez seguro. Se existe algum seguro, é da gravadora, e não temos conhecimento.
Folha - Como estava Cássia nos últimos dias?
Eugênia - Muito deprimida. Foi um ano muito intenso, de muito trabalho. Tinha a questão do sucesso, a relação com o dinheiro. Cássia era muito simples. Estava muito estressada. Realmente não deve ser fácil, para uma pessoa tímida, lidar com isso. A Cássia era muito tímida e não estava sabendo se relacionar com isso.
Folha - Ela tinha voltado a usar drogas?
Eugênia - Há um ano ela começou um tratamento de desintoxicação. Ela estava bebendo. É o que sei. Droga, pelo menos perto de mim e do Francisco, não acontecia. Ela não estava reagindo bem à bebida, justamente por causa do estresse e da depressão. Começou a fazer análise, mas o tratamento era irregular. Quando estava no Rio, quando conseguia tempo, ia. Agora estava parado.
Folha - Você tem algum palpite sobre a morte da Cássia?
Eugênia - Acho que teve um infarto. Estava estressada, numa idade de risco, com hábitos de risco. Acho que a clínica não conseguiu diagnosticar.
Folha - Houve falha no atendimento?
Eugênia - Não sou médica, não quero levantar falsas acusações.
Saiba tudo no especial Cássia Eller
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