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07/01/2002 - 08h43

Exame indica que cantora não tinha doença ou lesão aparente

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FERNANDA DA ESCÓSSIA
da Folha de S.Paulo, no Rio

A necropsia realizada no corpo da cantora Cássia Eller, morta no último dia 29, indicou que ela não tinha doença aparente nem lesão externa que pudessem ter causado sua morte.

Doença aparente é tudo que o legista identifica visualmente, como, por exemplo, a ruptura de uma artéria durante um aneurisma ou um câncer (identificável por alterações nos tecidos).

Um profissional que acompanhou a necropsia contou à Folha que havia líquido nos pulmões da cantora -algo que pode resultar das três paradas cardíacas que ela sofreu. A presença de líquido nos pulmões provoca insuficiência respiratória e pode levar à morte.

A causa da morte só será esclarecida com os exames toxicológicos e histopatológicos que estão sendo feitos no IML (Instituto Médico Legal).

Os toxicológicos são feitos nas vísceras, no sangue e na urina para detectar a presença de substâncias estranhas ao organismo, como drogas ou álcool.

Esses exames podem ter o resultado influenciado pelos medicamentos que a cantora tomou enquanto recebia tratamento na clínica Santa Maria.

Os exames histopatológicos são feitos em tecidos de vários órgãos, como cérebro, estômago, coração, fígado, rins, baço e pâncreas. Eles indicarão se havia uma doença que não tenha sido percebida na necropsia. Podem identificar, por exemplo, um infarto.

Não havia lesões externas que pudessem causar a morte, como traumatismo craniano. O corpo tinha arranhões nas coxas e uma equimose na cabeça (possivelmente de quando Eller quebrou o vidro de uma janela em Brasília).

Havia uma perfuração punctória (em forma de ponto) no braço esquerdo -o que poderia resultar de uma injeção tomada na clínica ou do uso de drogas.

Na clínica, Eller sofreu obstrução nos vasos sanguíneos do braço esquerdo. Como essa informação não foi dada ao IML, os vasos não foram examinados na necropsia.

Depoimentos
Hoje depõem na 10ª Delegacia de Polícia (Botafogo, zona sul) os médicos que atenderam Eller na clínica. A polícia quer saber se algum deles ouviu da cantora ou das pessoas que a acompanhavam informações sobre o que ela poderia ter consumido.

Outro ponto a ser esclarecido pela polícia é se havia relação amorosa entre Eller e a percussionista Lan Lan (Elaine Moreira), que a levou ao hospital.

O pai da cantora, o sargento reformado Altair Eller, e a companheira dela, Maria Eugênia Vieira Martins, serão chamados a depor. Altair será ouvido por carta precatória em Fortaleza, onde mora.

Saiba tudo no especial Cássia Eller


 

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