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15/07/2000
-
04h34
da Folha de S.Paulo
O Rio ganha, a partir de hoje, uma exposição que, para contar a história da cidade, usa um meio muito ligado à sua vocação turística: mapas. "Do Cosmógrafo ao Satélite", porém, vai além de reunir plantas dobráveis em que se vêem pontos turísticos cariocas.
A mostra do Centro de Arquitetura e Urbanismo -espaço criado pela Prefeitura do Rio de Janeiro há dois anos e meio, com o intuito principal de organizar exposições sobre o aspecto construído da cidade- tem 58 mapas, divididos em seis módulos.
A exposição demonstra a evolução da cartografia, trazendo desde exemplares feitos "a sentimento" (o mais antigo é um planisfério de 1502), como diz o curador Jorge Czajkowski, até um mapeamento digital, acessado por computador -concluído em abril de 2000, a partir de fotos de satélite, é o mais recente plano do Rio.
A divisão da mostra, explica o arquiteto, evidencia como foram se modificando as preocupações dos governantes com a cidade e o modo de olhar a cidade.
Assim, no século 16 do módulo "O Mundo e o País" a intenção foi cravar no mapa-múndi os limites das terras de Portugal nos trópicos; em "A Baía de Guanabara" vemos a preocupação, no século 18, em proteger a cidade das invasões; em "A Cidade", os mapas, feitos após a chegada da família real portuguesa em 1808, mostram a pressa de conhecer a cidade: "Imediatamente situaram as igrejas, logradouros e todos os prédios públicos; a cidade deixa de ser um mistério que só os nativos conhecem", diz Czajkowski.
Outro aspecto ressaltado por Czajkowski é a mudança de foco nas plantas turísticas. As primeiras, de cerca de 1930, vinham em francês, para atender aos turistas europeus, que desembarcavam no porto e para os quais as principais atrações não eram as belezas naturais da cidade, mas os pontos de visitação na região central.
(FRANCESCA ANGIOLILLO)
Exposição: Do Cosmógrafo ao Satélite Quando: de ter. a dom., das 12h às 19h. Até 24/9 Onde: Centro de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (r. São Clemente, 117, tel. 0/xx/21/ 503-3137) Quanto: entrada franca
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Mapas indicam rumos do olhar sobre o Rio
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O Rio ganha, a partir de hoje, uma exposição que, para contar a história da cidade, usa um meio muito ligado à sua vocação turística: mapas. "Do Cosmógrafo ao Satélite", porém, vai além de reunir plantas dobráveis em que se vêem pontos turísticos cariocas.
A mostra do Centro de Arquitetura e Urbanismo -espaço criado pela Prefeitura do Rio de Janeiro há dois anos e meio, com o intuito principal de organizar exposições sobre o aspecto construído da cidade- tem 58 mapas, divididos em seis módulos.
A exposição demonstra a evolução da cartografia, trazendo desde exemplares feitos "a sentimento" (o mais antigo é um planisfério de 1502), como diz o curador Jorge Czajkowski, até um mapeamento digital, acessado por computador -concluído em abril de 2000, a partir de fotos de satélite, é o mais recente plano do Rio.
A divisão da mostra, explica o arquiteto, evidencia como foram se modificando as preocupações dos governantes com a cidade e o modo de olhar a cidade.
Assim, no século 16 do módulo "O Mundo e o País" a intenção foi cravar no mapa-múndi os limites das terras de Portugal nos trópicos; em "A Baía de Guanabara" vemos a preocupação, no século 18, em proteger a cidade das invasões; em "A Cidade", os mapas, feitos após a chegada da família real portuguesa em 1808, mostram a pressa de conhecer a cidade: "Imediatamente situaram as igrejas, logradouros e todos os prédios públicos; a cidade deixa de ser um mistério que só os nativos conhecem", diz Czajkowski.
Outro aspecto ressaltado por Czajkowski é a mudança de foco nas plantas turísticas. As primeiras, de cerca de 1930, vinham em francês, para atender aos turistas europeus, que desembarcavam no porto e para os quais as principais atrações não eram as belezas naturais da cidade, mas os pontos de visitação na região central.
(FRANCESCA ANGIOLILLO)
Exposição: Do Cosmógrafo ao Satélite Quando: de ter. a dom., das 12h às 19h. Até 24/9 Onde: Centro de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (r. São Clemente, 117, tel. 0/xx/21/ 503-3137) Quanto: entrada franca
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