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01/03/2002
-
08h13
do Guia da Folha
"Motivação" é a palavra-chave das investigações criminais e, por tabela, da literatura e do cinema policiais. Ela é até mencionada em alguns diálogos de "Bellini e a Esfinge", mas o filme não faz bom uso do conceito. Fica um tanto nebuloso compreender, a certa altura da trama, por que o detetive do título (Fábio Assunção) comporta-se de modo tão obsessivo na tentativa de elucidar um mistério ambientado no submundo paulistano, com ramificações em Santos e no Paraná.
A adaptação do romance de Tony Bellotto dá a resposta, mas ela não convence. E, se deixa lacunas sobre a psicologia do protagonista, desnecessário estender-se sobre a fragilidade de alguns personagens secundários. Às vezes, parecem peixes fora d'água: figuras decalcadas da literatura e do cinema policial americano inseridas a fórceps na realidade brasileira. O ruído interfere em diálogos e situações, gerando a sensação incômoda de farsa.
Para compensar os problemas de dramaturgia, há o esforço de ambientação coordenado pelo diretor Roberto Santucci, em especial na cenografia (com ótimo uso de locações) e na fotografia. Sem falar em Malu Mader no papel de uma garota de programa, do jeito que o diabo e o fã-clube gostam.
Filme "Bellini e a Esfinge", que estréia hoje, não convence
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"Motivação" é a palavra-chave das investigações criminais e, por tabela, da literatura e do cinema policiais. Ela é até mencionada em alguns diálogos de "Bellini e a Esfinge", mas o filme não faz bom uso do conceito. Fica um tanto nebuloso compreender, a certa altura da trama, por que o detetive do título (Fábio Assunção) comporta-se de modo tão obsessivo na tentativa de elucidar um mistério ambientado no submundo paulistano, com ramificações em Santos e no Paraná.
A adaptação do romance de Tony Bellotto dá a resposta, mas ela não convence. E, se deixa lacunas sobre a psicologia do protagonista, desnecessário estender-se sobre a fragilidade de alguns personagens secundários. Às vezes, parecem peixes fora d'água: figuras decalcadas da literatura e do cinema policial americano inseridas a fórceps na realidade brasileira. O ruído interfere em diálogos e situações, gerando a sensação incômoda de farsa.
Para compensar os problemas de dramaturgia, há o esforço de ambientação coordenado pelo diretor Roberto Santucci, em especial na cenografia (com ótimo uso de locações) e na fotografia. Sem falar em Malu Mader no papel de uma garota de programa, do jeito que o diabo e o fã-clube gostam.
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