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12/03/2002
-
09h17
MARCELO BARTOLOMEI
Editor de entretenimento da Folha Online
O diretor de núcleo da Globo J.B. de Oliveira, o Boninho, 40, afirmou que se houvesse sexo no programa "Big Brother Brasil", a produção teria de seguir o "conceito editorial" da emissora, e não mostraria cenas de sexo explícito.
O "conceito" é o mesmo aplicado para outros programas do canal e não vale para outros produtos do grupo, como a TV a cabo e a internet.
Para ele, que tem se dedicado integralmente ao projeto do "Big Brother Brasil" e reclama de não ter ficado muito nem com a mulher nem com os filhos, mesmo com a liberação de álcool entre os participantes da atração, o programa não excedeu limites da TV brasileira, mas mostrou a vida real, o que não se vê em novelas, por exemplo.
Boninho falou com a Folha Online por e-mail, a três semanas do final de "Big Brother Brasil", que já entra na sua reta final.
Confira trechos da entrevista:
Folha Online - Na sua opinião, se o "Big Brother Brasil" tivesse uma cena de sexo como aconteceu na Itália, por exemplo, como a Globo faria a edição? Dizem que a produção tentou "forçar" relacionamentos... O que aconteceu?
Boninho - A produção não interfere no relacionamento entre eles. O que está acontecendo entre a Vanessa e o Sérgio é um exemplo claro, eles estão visivelmente namorando, mas ela não quer ir além. Na opinião dela, o casal está no limite, mas a avó deve estar assistindo e dentro da casa ela não pode passar disso. Eles estão fazendo o que acreditam estar certo, moralmente e fisicamente, sem qualquer interferência nossa. No caso de uma cena mais quente, vamos seguir o conceito editorial da Rede Globo de Televisão.
Folha Online - Qual a sua experiência, com tanto tempo e sucesso na TV, ao produzir um "reality show" como "Big Brother Brasil", com o mega investimento realizado pela emissora?
Boninho - Aprendendo e muito. A experiência de realizar um projeto como o Big Brother é totalmente diferente de tudo que já fiz. Mesmo o "No Limite", que faz parte do gênero, ajudou muito pouco para entender como tocar esse tipo de formato. Acho que agora, junto com a Eugênia Moreira, editora-chefe, e o Carlos Magalhães, diretor-geral, conseguimos dominar a casa. Mas foi preciso pelo menos uns 20 dias trabalhando muito e dormindo quase nada.
Folha Online - Suas expectativas sobre o perfil de cada participante estão se confirmando ou teve algum deles que surpreendeu?
Boninho - Todos surpreenderam. Com a experiência que temos após a escalação de dois "No Limite", achávamos que teríamos total controle sobre nossas aposta, mas tivemos muitas surpresas. A Helena, que na entrevista parecia ser mais sedutora, que iria soltar os bichos para aparecer, se escondeu com a pressão dos outros. Mesmo assim, ela resistiu a dois paredões e quase sobreviveu ao último, perdendo por uma diferença de 2%.
Folha Online - Um ponto polêmico da atração foi a ingestão de álcool em festas oferecidas pela produção, que aumentavam a libido dos participantes e provocaram discussões e brigas que marcaram muito o destino de cada um no programa. Como vocês tratam o álcool?
Boninho - Procuramos simular o ambiente externo, uma vida normal com acesso a quase tudo. Eventualmente podemos dar uma cota de bebida para fazer uma festa ou comemoração. Esse consumo é totalmente controlado pela produção, nada é dado em grandes quantidades. Aliás, da mesma forma que toda a comida da casa é controlada. Eles não têm livre acesso a bebida, mas como não interferimos nas ações, não podemos evitar que alguns cometam excesso, passem do ponto, e outros, não bebam.
Folha Online - A Globo já prepara uma segunda edição de "Big Brother"? Para quando? O que acontecerá quando acabar o primeiro programa?
Boninho - No momento estou dedicado à primeira edição, mal vejo minha mulher e meus filhos. Estamos trabalhando uma média de 18 horas por dia. A direção da TV Globo já me solicitou vários projetos, mas por enquanto não tenho nenhum pedido oficial.
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Editor de entretenimento da Folha Online
O diretor de núcleo da Globo J.B. de Oliveira, o Boninho, 40, afirmou que se houvesse sexo no programa "Big Brother Brasil", a produção teria de seguir o "conceito editorial" da emissora, e não mostraria cenas de sexo explícito.
O "conceito" é o mesmo aplicado para outros programas do canal e não vale para outros produtos do grupo, como a TV a cabo e a internet.
Para ele, que tem se dedicado integralmente ao projeto do "Big Brother Brasil" e reclama de não ter ficado muito nem com a mulher nem com os filhos, mesmo com a liberação de álcool entre os participantes da atração, o programa não excedeu limites da TV brasileira, mas mostrou a vida real, o que não se vê em novelas, por exemplo.
Boninho falou com a Folha Online por e-mail, a três semanas do final de "Big Brother Brasil", que já entra na sua reta final.
Confira trechos da entrevista:
Folha Online - Na sua opinião, se o "Big Brother Brasil" tivesse uma cena de sexo como aconteceu na Itália, por exemplo, como a Globo faria a edição? Dizem que a produção tentou "forçar" relacionamentos... O que aconteceu?
Boninho - A produção não interfere no relacionamento entre eles. O que está acontecendo entre a Vanessa e o Sérgio é um exemplo claro, eles estão visivelmente namorando, mas ela não quer ir além. Na opinião dela, o casal está no limite, mas a avó deve estar assistindo e dentro da casa ela não pode passar disso. Eles estão fazendo o que acreditam estar certo, moralmente e fisicamente, sem qualquer interferência nossa. No caso de uma cena mais quente, vamos seguir o conceito editorial da Rede Globo de Televisão.
Folha Online - Qual a sua experiência, com tanto tempo e sucesso na TV, ao produzir um "reality show" como "Big Brother Brasil", com o mega investimento realizado pela emissora?
Boninho - Aprendendo e muito. A experiência de realizar um projeto como o Big Brother é totalmente diferente de tudo que já fiz. Mesmo o "No Limite", que faz parte do gênero, ajudou muito pouco para entender como tocar esse tipo de formato. Acho que agora, junto com a Eugênia Moreira, editora-chefe, e o Carlos Magalhães, diretor-geral, conseguimos dominar a casa. Mas foi preciso pelo menos uns 20 dias trabalhando muito e dormindo quase nada.
Folha Online - Suas expectativas sobre o perfil de cada participante estão se confirmando ou teve algum deles que surpreendeu?
Boninho - Todos surpreenderam. Com a experiência que temos após a escalação de dois "No Limite", achávamos que teríamos total controle sobre nossas aposta, mas tivemos muitas surpresas. A Helena, que na entrevista parecia ser mais sedutora, que iria soltar os bichos para aparecer, se escondeu com a pressão dos outros. Mesmo assim, ela resistiu a dois paredões e quase sobreviveu ao último, perdendo por uma diferença de 2%.
Folha Online - Um ponto polêmico da atração foi a ingestão de álcool em festas oferecidas pela produção, que aumentavam a libido dos participantes e provocaram discussões e brigas que marcaram muito o destino de cada um no programa. Como vocês tratam o álcool?
Boninho - Procuramos simular o ambiente externo, uma vida normal com acesso a quase tudo. Eventualmente podemos dar uma cota de bebida para fazer uma festa ou comemoração. Esse consumo é totalmente controlado pela produção, nada é dado em grandes quantidades. Aliás, da mesma forma que toda a comida da casa é controlada. Eles não têm livre acesso a bebida, mas como não interferimos nas ações, não podemos evitar que alguns cometam excesso, passem do ponto, e outros, não bebam.
Folha Online - A Globo já prepara uma segunda edição de "Big Brother"? Para quando? O que acontecerá quando acabar o primeiro programa?
Boninho - No momento estou dedicado à primeira edição, mal vejo minha mulher e meus filhos. Estamos trabalhando uma média de 18 horas por dia. A direção da TV Globo já me solicitou vários projetos, mas por enquanto não tenho nenhum pedido oficial.
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