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01/05/2002 - 22h32

Tariq Ali fala sobre fundamentalismo e critica EUA na Bienal

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da Folha Online

O escritor paquistanês Tariq Ali, 58, falou sobre o fundamentalismo islâmico e criticou os Estados Unidos durante debate realizado nesta quarta-feira, dia 1º, na 17ª Bienal Internacional do Livro, em São Paulo.

Ali está no país para divulgar seu novo livro, "Confronto de Fundamentalismos - Cruzadas, Jihads e Modernidade" (editora Record), lançado quase simultaneamente em cinco países -Estados Unidos, Inglaterra, Turquia, Brasil e Alemanha.

"Confronto de Fundamentalismo" será lançado ainda na Espanha, na França e na Itália.

O livro ficou pronto na semana passada e sua participação na Bienal, tumultuada por imprevistos: Ali deveria ter chegado ao Brasil na terça-feira, dia 30, mas teve problemas em Los Angeles, onde fazia a divulgação da obra, e chegou somente nesta quarta, dia em que a Bienal recebeu 80 mil pessoas.

No Salão de Idéias, onde conversou com o público, que lotou a sala e assistiu à sua palestra por telões do lado de fora, ele falou sobre o livro, que analisa os atentados terroristas de 11 de setembro nos Estados Unidos e arrisca uma previsão: nenhum país conseguirá derrotar o "império", como ele mesmo diz aconselhar seus amigos paquistaneses.

Para ele, os Estados Unidos estão querendo remapear o mundo depois dos atentados. O escritor falou sobre as relações EUA-Afeganistão, EUA-Iraque e EUA-Israel/Palestina.

"A única saída é ser formado um Estado único e soberano palestino. É preciso conseguir a independência da palestina", disse ao público. "O governo americano está ocupado em ajudar Israel há algum tempo, quem lhe dá garantias econômicas por causa do petróleo", afirmou.

De acordo com Ali, os Estados Unidos não vão intervir na Palestina devido à grande importância que Israel têm para o governo americano. "Tem de haver uma solução política", disse.

Em "Confronto de Fundamentalismos", o escritor explica sob o viés histórico, literário, político e de memórias os antecedentes dos atentados aos EUA e questiona a cultura conformista atual, falando do choque entre os fundamentalismos religioso e imperial.

Saiba tudo sobre a Bienal do Livro
 

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