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05/05/2002 - 19h49

Mulheres são maioria na Bienal do Livro, aponta pesquisa

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CARLA NASCIMENTO
da Folha Online

A 17ª Bienal Internacional de São Paulo teve mais público, mais espaço, vendeu mais livros e foi mais feminina. Foi isso o que mostrou o resultado parcial de uma pesquisa realizada pela CBL (Câmara Brasileira do Livro) com 300 pessoas que visitaram a feira em onze dias. A informação foi divulgada hoje, em entrevista no Centro de Exposições Imigrantes, onde está sendo realizada a feira.

Raul Wassermann, presidente da CBL, reafirmou o que havia declarado na última segunda-feira, durante a entrega do Prêmio Jabuti: "Esta Bienal bateu todos os recordes". Wassermann fez questão de ressaltar que o objetivo da Bienal não é o de ser uma grande livraria, mas "trazer o público paa junto do livro".

Apesar disso, um dos dados apontados na pesquisa mostrou que, se o público aumentou, o crescimento se deu entre as classes que normalmente já são consumidoras deste mercado: 32% do público foi da classe A, 51% da B e 15% da C. Ou seja, a amostragem reafirmou o que foi constatado na pesquisa feita pela própria CBL em 2000, que apontou que os leitores no Brasil estão situados nas classes mais elevadas.

Contudo, se a camada da população que foi à Bienal não mudou, a feira ganhou um público novo dentro destas classes sociais. De acordo com os dados da pesquisa, 52% dos visitantes foram pela primeira vez à feira, e do total de visitantes, 63% eram mulheres. Em 2000 elas representavam 52%.

Apesar de não haver qualquer número oficial por parte das editoras, aparentemente elas têm motivos de sobra para comemorar. Segundo o levantamento feito pela CBL, 69% dos visitantes compraram livros na feira. Na edição anterior, em 2000, este índice foi de 53%. Outro fator apontado pela CBL como prova do crescimento nas vendas foi o fato de os caixas eletrônicos terem movimentado mais de R$ 1 milhão em um único dia.

A dúvida que pairava com relação à aprovação do público pelo novo local do evento foi totalmente dissipada. Segundo a CBL, 54% declararam considerar o local "ótimo" e 28% teriam considerado "muito bom", tanto que 94% teriam respondido que pretendem voltar à Bienal, que deverá continuar por pelo menos mais duas edições no mesmo lugar.

Entre os pontos negativos apontados os campeões foram os altos preços cobrados pelos restaurantes e lanchonetes da Praça de Alimentação e a taxa de estacionamento, R$ 10.

A estimativa dos organizadores é que o público pagante chegue a 400 mil pessoas e o de visitação escolar, que terminou na sexta-feira, tenha sido em torno de 200 mil. Nesta estimativa não foram computados os maiores de 65 anos, profissionais e crianças com menos de 6 anos de idade. O número total de visitantes estimado é de 700 mil, o que representa, segundo a CBL, um crescimento de 35% em relação à Bienal de 2000.

Saiba tudo sobre a Bienal do Livro




 

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