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23/05/2002
-
10h58
da Folha de S.Paulo
Um filme mexicano, de um diretor estreante de 31 anos, que está sendo exibido fora da competição, é uma das principais sensações de Cannes.
"Japão" é o título enigmático do filme, que nada tem de nipônico. Carlos Reygadas é o nome do diretor, um ex-advogado que está sendo comparado ao russo Andrei Tarkovski e ao brasileiro Glauber Rocha.
O filme entrou na mostra paralela Quinzena dos Realizadores e está atraindo uma multidão de espectadores desde que foi aclamado pelos jornais.
Para o "Libération", o filme dá a impressão de ter descoberto uma fonte "de petróleo estético onde outros não viram senão um veio d'água suja". Para o "Le Monde", é a revelação "de um imenso cineasta".
"Japão" conta a história de um cinquentão que vai para uma região remota do México a fim de se suicidar. Lá, seu projeto se frustra após se envolver com uma mulher idosa, com quem terá relações sexuais (é uma das cenas fortes do filme).
O impacto vem da liberdade com que filma e da sua capacidade de criar e enfrentar até o fim um complicado desafio narrativo. A imagem, granulada e em tela larga, ora se estende em longa contemplação, ora explode em planos de choque, onde crueldade, inocência e poesia são a mesma coisa.
Na competição, foram exibidos ontem "Um Homem sem Passado", de Aki Kaurismäki, e "Sobre Schmidt", de Alexander Payne -duas ficções populistas, bastante modestas em todos os aspectos, sobretudo no cinematográfico.
Leia mais notícias sobre o Festival de Cannes
Mexicano estreante vira sensação em Cannes
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Um filme mexicano, de um diretor estreante de 31 anos, que está sendo exibido fora da competição, é uma das principais sensações de Cannes.
"Japão" é o título enigmático do filme, que nada tem de nipônico. Carlos Reygadas é o nome do diretor, um ex-advogado que está sendo comparado ao russo Andrei Tarkovski e ao brasileiro Glauber Rocha.
O filme entrou na mostra paralela Quinzena dos Realizadores e está atraindo uma multidão de espectadores desde que foi aclamado pelos jornais.
Para o "Libération", o filme dá a impressão de ter descoberto uma fonte "de petróleo estético onde outros não viram senão um veio d'água suja". Para o "Le Monde", é a revelação "de um imenso cineasta".
"Japão" conta a história de um cinquentão que vai para uma região remota do México a fim de se suicidar. Lá, seu projeto se frustra após se envolver com uma mulher idosa, com quem terá relações sexuais (é uma das cenas fortes do filme).
O impacto vem da liberdade com que filma e da sua capacidade de criar e enfrentar até o fim um complicado desafio narrativo. A imagem, granulada e em tela larga, ora se estende em longa contemplação, ora explode em planos de choque, onde crueldade, inocência e poesia são a mesma coisa.
Na competição, foram exibidos ontem "Um Homem sem Passado", de Aki Kaurismäki, e "Sobre Schmidt", de Alexander Payne -duas ficções populistas, bastante modestas em todos os aspectos, sobretudo no cinematográfico.
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