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23/06/2002
-
14h27
PEDRO IVO DUBRA
da Folha de S.Paulo
Para quem começou animando bailes e tocando em boates, não vai ser difícil disputar a atenção com as barracas de jogos e de comidas típicas de festa junina. É numa delas que Milton Nascimento, que diz não gostar de revelar o "horário terráqueo" ("quando estou com as crianças, tenho a idade delas; com os velhos, a deles"), apresenta-se hoje.
Realizado no Sesc Itaquera, o evento começou anteontem, contando com Zé Geraldo e Miltinho Edilberto. Ainda estavam programadas a exibição de um documentário e a abertura de uma exposição sobre o Vale do Jequitinhonha. A região mineira -uma das mais pobres do país- é o tema da festa. Milton faz show no palco da Orquestra Mágica, que pode receber até 15 mil pessoas.
Olhando para trás, o artista tem boas recordações de suas primeiras experiências juninas. "Sempre que se fazia quadrilha, ia com a minha sanfona no meio da noiva, do padre, do noivo. Fogueira é comigo mesmo. Não caio dentro dela de jeito nenhum", esquenta-se. A sanfona foi seu primeiro instrumento musical, aos quatro anos.
No repertório da vez, há canções de diferentes épocas, autores e estilos. Estão incluídas, por exemplo, "Travessia", "Canção da América" (ambas dele com Fernando Brant), "Coração de Estudante" (com Wagner Tiso) e "O Cio da Terra", parceria com Chico Buarque. A mais recente "Resposta", de Nando Reis e Samuel Rosa, divide espaço com "Ânima", que Milton nunca cantou em show.
Abre a apresentação do músico o Coral das Lavadeiras, grupo formado por nove mulheres da cidade de Almenara, no Vale do Jequitinhonha. Com produção de Carlos Farias, elas gravaram o CD "Batukim Brasileiro", que apresenta uma sonoridade marcada pelas influências portuguesa, indígena e africana.
Os shows são independentes, cantando Milton Nascimento com sua banda, com quem grava disco de músicas inéditas a ser lançado possivelmente no final do ano. Há chances de ele se juntar ao coral, já que o artista pesquisa o som mineiro, como em "Tambores de Minas" (1998)?
"Isso é uma coisa que não sei. Geralmente, quando canto "Calix Bento", o público todo canta. Se houver a idéia de elas cantarem também, será o máximo", adianta, despindo desejos secretos.
No próximo domingo, a atração da festa é o mineiro Flávio Venturini, às 16h.
MILTON NASCIMENTO E O CORAL DAS LAVADEIRAS. Onde: Sesc Itaquera (av. Fernando do Espírito Santo Alves Mattos, 1.000, tel. 6523-9200). Quando: hoje, às 15h30. Quanto: de R$ 2 a R$ 6.
Milton Nascimento faz show no Sesc Itaquera com Coral das Lavadeiras
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da Folha de S.Paulo
Para quem começou animando bailes e tocando em boates, não vai ser difícil disputar a atenção com as barracas de jogos e de comidas típicas de festa junina. É numa delas que Milton Nascimento, que diz não gostar de revelar o "horário terráqueo" ("quando estou com as crianças, tenho a idade delas; com os velhos, a deles"), apresenta-se hoje.
Realizado no Sesc Itaquera, o evento começou anteontem, contando com Zé Geraldo e Miltinho Edilberto. Ainda estavam programadas a exibição de um documentário e a abertura de uma exposição sobre o Vale do Jequitinhonha. A região mineira -uma das mais pobres do país- é o tema da festa. Milton faz show no palco da Orquestra Mágica, que pode receber até 15 mil pessoas.
Olhando para trás, o artista tem boas recordações de suas primeiras experiências juninas. "Sempre que se fazia quadrilha, ia com a minha sanfona no meio da noiva, do padre, do noivo. Fogueira é comigo mesmo. Não caio dentro dela de jeito nenhum", esquenta-se. A sanfona foi seu primeiro instrumento musical, aos quatro anos.
No repertório da vez, há canções de diferentes épocas, autores e estilos. Estão incluídas, por exemplo, "Travessia", "Canção da América" (ambas dele com Fernando Brant), "Coração de Estudante" (com Wagner Tiso) e "O Cio da Terra", parceria com Chico Buarque. A mais recente "Resposta", de Nando Reis e Samuel Rosa, divide espaço com "Ânima", que Milton nunca cantou em show.
Abre a apresentação do músico o Coral das Lavadeiras, grupo formado por nove mulheres da cidade de Almenara, no Vale do Jequitinhonha. Com produção de Carlos Farias, elas gravaram o CD "Batukim Brasileiro", que apresenta uma sonoridade marcada pelas influências portuguesa, indígena e africana.
Os shows são independentes, cantando Milton Nascimento com sua banda, com quem grava disco de músicas inéditas a ser lançado possivelmente no final do ano. Há chances de ele se juntar ao coral, já que o artista pesquisa o som mineiro, como em "Tambores de Minas" (1998)?
"Isso é uma coisa que não sei. Geralmente, quando canto "Calix Bento", o público todo canta. Se houver a idéia de elas cantarem também, será o máximo", adianta, despindo desejos secretos.
No próximo domingo, a atração da festa é o mineiro Flávio Venturini, às 16h.
MILTON NASCIMENTO E O CORAL DAS LAVADEIRAS. Onde: Sesc Itaquera (av. Fernando do Espírito Santo Alves Mattos, 1.000, tel. 6523-9200). Quando: hoje, às 15h30. Quanto: de R$ 2 a R$ 6.
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