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03/07/2002 - 09h24

Trio Los Anggeles completa 20 anos, ganha mais um "g" e CD novo

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IVAN FINOTTI
da Folha de S.Paulo

Em 1981, o então manequim Marcio Mendes participou de um desfile do Clodovil. No jantar após o evento, o estilista elogiou os modelos: "Quanta gente bonita!". Mas ao se deparar com Mendes, disparou: "Pena que tenha um tampinha no meio".

"Naquela noite, eu chorei", revela Mendes. Mas o artista não se deixou abater. E no ano seguinte, imitando trejeitos de Ney Matogrosso ("um grande ídolo; no começo, me imaginava ele") e ladeado por duas morenas esculturais ("minha irmã Ana e Cleo, uma paquera"), Mendes estourou no Brasil inteiro com a música "Vamos Dançar Mambolê".

Aprendeu, inclusive, a superar o complexo de altura. "Sempre que ganho sapatos, levo no sapateiro aqui de Carapicuíba para colocar plataforma de quatro centímetros", diz o bailarino e cantor, do alto de seus 1,78 m, já incorporando os quatro centímetros extras.

"Hoje sou um artista de nível médio", diz ele, sem se referir à estatura. "Quer dizer, não estou tão pop, nem sou um desconhecido. E isso não me chateia. O Trio Los Angeles já foi o primeiro nome do Brasil. O que importa é que sempre fizemos um trabalho popular de qualidade. Havia mais preconceito. Só conseguimos tocar nas rádios depois que uma música entrou na abertura da novela "Transas e Caretas'", conta o artista.

Aos 49 anos, Mendes ainda mora com os pais na Granja Viana e não parece prestes a se tornar um cinquentão. "Eu corro nessa granja todo dia, até a Raposo Tavares. São três quilômetros na ida e três na volta", conta, negando que tenha feito plástica.

"O que fiz foi uma lipo aqui na barriga", declara, levantando a camiseta laranja, com mangas arregaçadas e adornada por dois lenços azuis em volta do pescoço, dois colares de prata e dois brincos dourados.

"Também fiz um preenchimento, com injeções de uma espécie de silicone nas marcas de expressão do rosto. Eu sou vaidoso. O corpo é meu", diz, encerrando a discussão. Mas volta atrás: "O principal é a babosa.

Passe no seu rosto, viu?". Mendes cultiva babosas há três anos em sua casa exclusivamente para espalhar na face antes de dormir. Além da plantação, o cantor gasta muito de seu tempo na cozinha.

"Só gosto de fazer doce! Tortas, pavês, bolos recheados, cobertos, com trufas, doce de abóbora, típicos brasileiros. Hoje fiz torta de creme de chocolate com castanha-do-pará. Quer? Se um dia eu tiver uma doceria...", suspira.

Com a saída das parceiras originais nos anos 90, Mendes convocou duas novas garotas, loiras, que não deram certo. "Não foi bom para mim. O pessoal exigia morenas." Agora, com Carol e Adriana, proibidas de pintar os cabelos pretos, Marcio inaugura o Trio Los Anggeles, assim mesmo, com dois gês.

"Nunca acreditei em numerologia. Mas acontece que fui nessa mulher, em Alphaville, e ela disse que somando as letras do Trio Los Angeles não dava um bom número. Tinha que colocar um gê."

Mendes resolveu testar. "Ela falou que melhoraria tudo. E olha que está melhorando, viu? Por exemplo: em 20 anos de carreira, nunca a Folha, esse jornal classe A, havia me procurado. Nunca! E agora vocês estão aqui! Aceita mais um pedaço de torta?"

TRIO LOS ANGGELES show de 20 anos e lançamento de novo CD
Quando: hoje, às 22h
Onde: Fabbrica 5 (av. Alcântara Machado, 770, Mooca, tel. 3399-3331)
Quanto: R$ 12, com direito a macarronada no intervalo do show

 

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