24/07/2002 - 03h16

Segundo dia do Fashion Rio consolida elegância carioca

ERIKA PALOMINO
JACKSON ARAUJO
da Folha de S.Paulo, no Rio

A consolidação da elegância carioca deu o tom do segundo dia do Fashion Rio, o evento oficial de lançamentos na cidade, em sua edição de verão 2003.

Os desfiles começaram anteontem e seguem até sexta-feira no Museu de Arte Moderna (MAM). Com custo de R$ 4 milhões, reúne 28 desfiles e serve de continuação do calendário brasileiro, iniciado em São Paulo.

A primeira marca do dia foi a Maria Bonita, de Maria Cândida Sarmento, que se exercita num estilo conceitual chic, num trabalho de silhuetas soltas e materiais naturais como as sedas, os algodões, os crepes, as camurças, os amassados.

A Maria Bonita é praticamente um clássico da moda carioca e trouxe à platéia do Fashion Rio Maitê Proença, Adriana Calcanhotto e Mila Moreira.
A modelo Mayana usou um macacão com um zíper atrás, deslocado, dentro da desconstrução da coleção, que traz um sólido viés esportivo.

Os melhores momentos: as regatas transparentes, os casaquinhos e os macaquinhos, em tons de branco, bege, marrons e cáquis. Looks completos de camisa solta e calça pijama, em amarelo-canário e verde, funcional como "pontos elétricos", pontuando o desfile.

Abordagem comercial
A Mariazinha desfilou na sequência coleção de inspiração africana, com uma abordagem bastante comercial, em tons de bege. A marca está fazendo um grande investimento no jeans, mas que, entretanto, poderia ter aparecido mais. Nos acessórios, bolsas de trama artesanal, além de sandálias que são amarradas no tornozelo.

Os outros desfiles do dia foram Graça Ottoni, a marca Totem, de Fred d'Orey, que desfila coleção inspirada no verão do amor, com muitos casais, incluindo casais gays, de meninos e meninas.

A última apresentação deste segundo dia foi a Blue Man, que comemora 30 anos de existência. A marca de moda praia de David Azulay trocou a São Paulo Fa- shion Week pela Fashion Rio.

A estrela do desfile foi a veterana Monique Evans, que entrou na passarela usando um maiô escrito 1972, ano que nasceu a grife de Azulay.