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01/10/2002
-
02h56
free-lance para a Folha de S.Paulo
Com difusão restrita aos canais a cabo, a TV USP tem sua rotina de atrações jornalísticas, como "PGM" e "Olhar da USP", abalada por uma produção independente que atua quase em segredo e tenta subverter as regras do veículo.
A começar pelo título, "A Revolução Não Será Televisionada" mostra a que veio: trata-se de referência ao ativista, cantor e poeta norte-americano Gil Scott-Heron, ícone dos anos 70.
Com engajamento político e ideológico raramente vistos na TV, a atração é formada por pequenos esquetes, uma compilação de diversos registros em vídeo de performances e improvisações audiovisuais de artistas promissores como Lia Chaia e DJ Maloca. A impressão é de que se assiste a um experimental vídeo-instalação. "O projeto surgiu para darmos vazão a uma série de trabalhos artísticos que ficam pouco tempo expostos em museus e que não têm espaço na TV", explica o idealizador do programa, Daniel Lima, 29.
Ele acredita que um programa com tal título ser exibido justamente na TV não resulta em contradição. "Não queremos destruir a TV. A idéia é entrar na programação e subverter os conceitos existentes, é um "movimento temporário de autonomia'", diz Lima. Para isso, já contam com o apoio da também guerrilheira editora Conrad, que lança livros de autores como Raoul Vaneigem.
Lima pretende levar o programa para alguma emissora de UHF. Tarefa que ele mesmo considera difícil, devido ao risco de possíveis processos com seu conceito de "sampler de imagens". "Somos bombardeados constantemente com informações. Por que, então, não posso usá-las também?", diz Lima. Com base em tal raciocínio, o artista usa imagens de programas -como o da Xuxa- para criar uma espécie de videoclipe-manifesto. A revolução é televisionada, mas silenciosamente.
A REVOLUÇÃO NÃO SERÁ TELEVISIONADA - hoje, à 1h30, no TV USP (canal 15 da NET ou 15 e 73 da TVA)
Produção independente ganha espaço na TV
BRUNO YUTAKA SAITOfree-lance para a Folha de S.Paulo
Com difusão restrita aos canais a cabo, a TV USP tem sua rotina de atrações jornalísticas, como "PGM" e "Olhar da USP", abalada por uma produção independente que atua quase em segredo e tenta subverter as regras do veículo.
A começar pelo título, "A Revolução Não Será Televisionada" mostra a que veio: trata-se de referência ao ativista, cantor e poeta norte-americano Gil Scott-Heron, ícone dos anos 70.
Com engajamento político e ideológico raramente vistos na TV, a atração é formada por pequenos esquetes, uma compilação de diversos registros em vídeo de performances e improvisações audiovisuais de artistas promissores como Lia Chaia e DJ Maloca. A impressão é de que se assiste a um experimental vídeo-instalação. "O projeto surgiu para darmos vazão a uma série de trabalhos artísticos que ficam pouco tempo expostos em museus e que não têm espaço na TV", explica o idealizador do programa, Daniel Lima, 29.
Ele acredita que um programa com tal título ser exibido justamente na TV não resulta em contradição. "Não queremos destruir a TV. A idéia é entrar na programação e subverter os conceitos existentes, é um "movimento temporário de autonomia'", diz Lima. Para isso, já contam com o apoio da também guerrilheira editora Conrad, que lança livros de autores como Raoul Vaneigem.
Lima pretende levar o programa para alguma emissora de UHF. Tarefa que ele mesmo considera difícil, devido ao risco de possíveis processos com seu conceito de "sampler de imagens". "Somos bombardeados constantemente com informações. Por que, então, não posso usá-las também?", diz Lima. Com base em tal raciocínio, o artista usa imagens de programas -como o da Xuxa- para criar uma espécie de videoclipe-manifesto. A revolução é televisionada, mas silenciosamente.
A REVOLUÇÃO NÃO SERÁ TELEVISIONADA - hoje, à 1h30, no TV USP (canal 15 da NET ou 15 e 73 da TVA)
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