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07/11/2002 - 04h53

Fernanda Porto lança seu disco de estréia na Trama

BRUNA MONTEIRO DE BARROS
da Folha de S.Paulo

Ela é cantora, compositora, multiinstrumentista, produtora. Mas é inevitável apresentá-la como "a voz do drum'n'bass brasileiro". "Esse samba é meu groove da vez, com guitarra e drum'n'bass, só pra ver como é que fica eletrônico o couro da cuíca" são versos da música "Sambassim", de sua autoria, que conquistou as pistas e as rádios, daqui e da Inglaterra, depois de ganhar um remix do DJ Patife.

Agora o "Sambassim" original integra o disco que traz o nome da artista e chega às lojas pela Trama. "O disco foi feito do jeito mais sincero, que foi compor já fazendo os arranjos", conta Porto. "O trabalho já estava desenhado, escolhi as músicas mais recentes e algumas antigas que ganharam releitura drum'n'bass."

Porto conta que um de seus primeiros contatos com a música eletrônica atual foi em 1993, quando participou do evento Conexão Midi, no Sesc Consolação. "Conheci pessoas que usavam o computador para fazer música, como o produtor Suba." Naquela época, ela já pesquisava música eletroacústica e e a vanguarda eletrônica.

Mas foi em 1997 que Porto conheceu o DJ e produtor Xerxes, em uma feira de áudio. A partir daí, conta, conheceu o drum'n'bass e se apaixonou. "Comecei a ir à galeria na 24 de Maio [região central de São Paulo], mas ainda havia muito pouca coisa", diz a cantora.

Em 1998, Porto decidiu ir para Londres. "Passei dois meses só ouvindo o gênero e frequentando o clube de Gold [papa do drum'n'bass]."
Ela conta que começou a trabalhar escondida dos DJs. "Tinha medo do que eles iam achar dessa história de eletrônico com MPB e voz feminina."

Mais segura, a cantora decidiu mostrar o seu trabalho para todo o mundo. "Mostrei para todos os DJs, Will, Telefunken, Ramilson Maia, os meninos do Drumagic. Só faltava o Patife, que já era um mito", lembra.

Finalmente, de novo no Sesc Consolação, Porto deu uma gravação para Patife, que só foi ouvi-la após dois meses e, na hora, quis remixar.

A partir daí Fernanda Porto e drum'n'bass caminham lado a lado. Como neste disco, no qual ela apresenta 14 faixas da mistura que a consagrou. Letras em português, muitas tiradas de poesias, base drum'n'bass com pitadas de samba e bossa nova e sua voz já inconfundível. Tudo produzido só por ela e em seu estúdio.


FERNANDA PORTO
Artista: Fernanda Porto
Gravadora: Trama
Quanto: R$ 25, em média
 

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