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22/11/2002 - 06h09

Murderdolls, Stone Sour e Downthesun lançam discos de estréia

DIEGO ASSIS
da Folha de S.Paulo

Enquanto aguardam o lançamento do próximo disco do Slipknot, previsto para março de 2003, os fãs do rock ensurdecedor do grupo formado em Des Moines, Iowa, podem provar agora um aperitivo. Um não, três: Stone Sour, Downthesun e a teatral Murderdolls, bandas que têm participação de integrantes do Slipknot, lançam pela Roadrunner seus CDs de estréia.

O primeiro a tirar a máscara -no Slipknot, todos os músicos usam máscaras e são identificados com números de zero a oito- é o vocalista Corey Taylor, líder da pesadíssima Stone Sour, formada em 1992 e, das três, a mais próxima do alt-metal que caracteriza o som de contemporâneas como Deftones, Filter, Tool, entre outras.

Guardadas na gaveta por todo esse tempo (Taylor abandonara de vez, em 97, o Stone Sour), as 13 faixas do disco homônimo pagam ainda merecido tributo a nomes mais "antigos" do metal, como Slayer, Metallica e, sem dúvida nenhuma, o Sepultura. "Get Inside", que logo mais deve ter clipe estourando na MTV, é emblemática: paredes de guitarras, bateria bem marcada e vocais ora flertando com o rap, ora com a melodia.

Já Downthesun é bem Slipknot, para ser mais específico, alucinado. Produzido pelo percussionista Shawn "Clown" Crahan, o nº 6, o trabalho de estréia do grupo vem carregado do mesmo misticismo e da temática niilista que permeia as letras e a atitude do Slipknot. "Medicated" (medicado), "We All Die" (todos nós morremos) e "Pure American Filth" (nojeira pura americana), só para citar algumas, trazem o mesmo dualismo bem/mal, vida/ morte e verdade/mentira da banda de "Clown".

O metaleiro que se julgar muito crescidinho para esse discurso, pode ficar com o pano de fundo musical do Downthesun -algo próximo de um liquidificador descontrolado intercalado com samples eletrônicos e risadinhas pré-gravadas.

Mas talvez o mais ousado dos três projetos seja mesmo o Murderdolls, do baterista Joey Jordison, o nº 1 do Slipknot, que, aqui, toca guitarra. O título do CD, "Beyond the Valley of the Murderdolls", faz não só referência ao drama pastelão de Russ Meyer como dá a dica do tom de todo o álbum: cinema, drags e escárnio.

"Hey, Frankenstein, o que você tem na cabeça? Hey, Drácula, ouvi dizer que você... "suck" [no sentido literal, chupa; no figurado, é um saco] (...) Você pode bater no Ed Wood, mas meus heróis estão todos mortos em Hollywood", canta o vocalista Wednesday 13.

A trilha sonora e também uma homenagem, à Misfits e Alice Cooper, ao cinema trash americano. E não adianta fazer cara feia.
 

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