Publicidade
Publicidade
23/12/2002
-
05h18
da Folha de S.Paulo, no Rio
O apelo de Guilherme de Brito em "Quando Eu me Chamar Saudade", outra dobradinha com Nelson Cavaquinho, foi tomado ao pé da letra em Conservatória, no interior do Rio de Janeiro. A letra, em que Guilherme reivindica o direito de receber "flores em vida", foi base do que o compositor classifica como "uma das maiores homenagens" que já recebeu.
Há seis meses, Guilherme foi convidado a se apresentar na cidade, auto-intitulada "capital mundial da seresta" _e onde há um Museu da Seresta, fundado em 1939 pelos irmãos José Borges e Joubert. Ao final do show, cada uma das pessoas da platéia se acomodou numa fila para entregar-lhe uma rosa.
Ainda no palco, Guilherme recebeu uma escultura de 1,5 m de São Francisco, de quem é devoto _uma das 37 imagens do santo que guarda em sua casa. "Nesse dia decidi que quero ser enterrado em Conservatória", conta, trazendo o tema da morte à tona.
Empenhada em reforçar seu vínculo com a tradição musical, Conservatória mantém um espaço com o acervo de alguns nomes de relevo da música brasileira.
Estão lá objetos pessoais e da trajetória musical de Vicente Celestino, Orlando Silva e Nelson Gonçalves, dentre outros. "Eles fizeram um museu pra mim também", festeja Guilherme, sem esconder o desconforto de ser objeto de museu em vida.
O memorial dedicado a ele mantém, por exemplo, a primeira carta que recebeu de uma fã ("Uma mulher de Belo Horizonte que gostaria de conhecer, mas até hoje não deu"), o dinheiro do primeiro cachê que recebeu, na rádio Vera Cruz ("Estava duro, mas foi uma honra tão grande que não tive coragem de gastar. Ninguém recebia nessa época, escrevi a data na nota de dez 'merréis' e guardei"), seu primeiro quadro, o primeiro violão, ganho de presente da mãe, e as inúmeras distinções que recebeu pela carreira de compositor e artista plástico.
Na cidade localizada na serra fluminense, a 120 km do Rio de Janeiro, todas as casas mantêm na fachada, em lugar da numeração da rua, uma placa com o nome de uma música. Guilherme está em cinco delas. A idéia é levada tão a sério que é por elas que os carteiros se orientam.
Museu guarda 1º cachê de Guilherme de Brito
ISRAEL DO VALEda Folha de S.Paulo, no Rio
O apelo de Guilherme de Brito em "Quando Eu me Chamar Saudade", outra dobradinha com Nelson Cavaquinho, foi tomado ao pé da letra em Conservatória, no interior do Rio de Janeiro. A letra, em que Guilherme reivindica o direito de receber "flores em vida", foi base do que o compositor classifica como "uma das maiores homenagens" que já recebeu.
Há seis meses, Guilherme foi convidado a se apresentar na cidade, auto-intitulada "capital mundial da seresta" _e onde há um Museu da Seresta, fundado em 1939 pelos irmãos José Borges e Joubert. Ao final do show, cada uma das pessoas da platéia se acomodou numa fila para entregar-lhe uma rosa.
Ainda no palco, Guilherme recebeu uma escultura de 1,5 m de São Francisco, de quem é devoto _uma das 37 imagens do santo que guarda em sua casa. "Nesse dia decidi que quero ser enterrado em Conservatória", conta, trazendo o tema da morte à tona.
Empenhada em reforçar seu vínculo com a tradição musical, Conservatória mantém um espaço com o acervo de alguns nomes de relevo da música brasileira.
Estão lá objetos pessoais e da trajetória musical de Vicente Celestino, Orlando Silva e Nelson Gonçalves, dentre outros. "Eles fizeram um museu pra mim também", festeja Guilherme, sem esconder o desconforto de ser objeto de museu em vida.
O memorial dedicado a ele mantém, por exemplo, a primeira carta que recebeu de uma fã ("Uma mulher de Belo Horizonte que gostaria de conhecer, mas até hoje não deu"), o dinheiro do primeiro cachê que recebeu, na rádio Vera Cruz ("Estava duro, mas foi uma honra tão grande que não tive coragem de gastar. Ninguém recebia nessa época, escrevi a data na nota de dez 'merréis' e guardei"), seu primeiro quadro, o primeiro violão, ganho de presente da mãe, e as inúmeras distinções que recebeu pela carreira de compositor e artista plástico.
Na cidade localizada na serra fluminense, a 120 km do Rio de Janeiro, todas as casas mantêm na fachada, em lugar da numeração da rua, uma placa com o nome de uma música. Guilherme está em cinco delas. A idéia é levada tão a sério que é por elas que os carteiros se orientam.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice