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30/12/2002
-
02h50
da Folha de S. Paulo
Uma das principais bandas da história do rock, o Clash, veja só, iria se apresentar no Brasil nos anos 80. Só não veio porque a banda... acabou antes.
O guitarrista Joe Strummer, em conversa telefônica com a Folha cinco meses antes de sua morte, contou sobre o azar brasileiro.
O grupo, quando acabou, (por volta de 1986), tinha só Strummer e o baixista Paul Simonon da formação original. "Tínhamos planejado uma turnê mundial que incluiria shows no Brasil e na Argentina. Não deu para ir."
Leia a entrevista, inédita, com o líder do Clash.
Folha - Como vai sua banda nova, os Mescaleros, que já nem é tão nova assim?
Joe Strummer - Tudo vai bem para um senhor de 50 anos que não está mais preocupado em resolver os problemas do mundo de cima de um palco, com show todo dia, estúdio o tempo todo.
Folha - Qual é a rotina do "senhor" Joe Strummer hoje em dia, como rock star?
Strummer - Como tem que ser. Alguns shows marcados, turnês não muito longas, planejo um disco a cada dois anos, tenho trabalhos esporádicos na BBC como DJ. Tenho a vida tranquila, mas nunca deixei a música. Depois que fiquei velho, me interessa descobrir os sons feitos em lugares distantes.
Folha - Pode-se dizer que você continua aquele processo do Clash, de adicionar estilos variados ao punk?
Strummer - O que faço não é mais punk. Mas também não é world music. O Mescaleros faz "world rock".
Folha - É verdade quando você diz que não quer mais resolver os problemas do mundo, como nos tempos do Clash? Você faz músicas e shows beneficentes, não?
Strummer - É diferente quando você é jovem e quer resolver tudo sozinho e, mais velho, quando quer "ajudar" a resolver. A segunda opção é a mais sábia.
Folha - Você tem saudade dos tempos do Clash?
Strummer - Sim. Acho que fizemos coisas interessantes para a música jovem.
Folha - Você tem contato com os ex-Clash?
Strummer - Ouço mais sobre eles do que realmente os encontro. Sei que Mick [Jones, guitarra" tem trabalhado com vídeo, cinema. Paul [Simonon, baixo] deixou a música pela pintura.
Folha - Se o Mescaleros faz "world rock" e lida com elementos musicais de várias partes do mundo, não interessa a você tocar em lugares fora do eixo Europa-EUA? Lugares tipo o Brasil?
Strummer - Claro. Planejamos tudo com calma e uma turnê por lugares como o Brasil está nos planos. Era para eu já ter tocado aí com o Clash, mas não aconteceu.
Folha - Com o Clash?
Strummer - É. Tínhamos planejado uma turnê mundial por volta de 1985, 1986, que incluiria shows no Brasil e na Argentina. Não deu. A banda acabou antes.
Leia entrevista inédita de Joe Strummer à Folha há cinco meses
LÚCIO RIBEIROda Folha de S. Paulo
Uma das principais bandas da história do rock, o Clash, veja só, iria se apresentar no Brasil nos anos 80. Só não veio porque a banda... acabou antes.
O guitarrista Joe Strummer, em conversa telefônica com a Folha cinco meses antes de sua morte, contou sobre o azar brasileiro.
O grupo, quando acabou, (por volta de 1986), tinha só Strummer e o baixista Paul Simonon da formação original. "Tínhamos planejado uma turnê mundial que incluiria shows no Brasil e na Argentina. Não deu para ir."
Leia a entrevista, inédita, com o líder do Clash.
Folha - Como vai sua banda nova, os Mescaleros, que já nem é tão nova assim?
Joe Strummer - Tudo vai bem para um senhor de 50 anos que não está mais preocupado em resolver os problemas do mundo de cima de um palco, com show todo dia, estúdio o tempo todo.
Folha - Qual é a rotina do "senhor" Joe Strummer hoje em dia, como rock star?
Strummer - Como tem que ser. Alguns shows marcados, turnês não muito longas, planejo um disco a cada dois anos, tenho trabalhos esporádicos na BBC como DJ. Tenho a vida tranquila, mas nunca deixei a música. Depois que fiquei velho, me interessa descobrir os sons feitos em lugares distantes.
Folha - Pode-se dizer que você continua aquele processo do Clash, de adicionar estilos variados ao punk?
Strummer - O que faço não é mais punk. Mas também não é world music. O Mescaleros faz "world rock".
Folha - É verdade quando você diz que não quer mais resolver os problemas do mundo, como nos tempos do Clash? Você faz músicas e shows beneficentes, não?
Strummer - É diferente quando você é jovem e quer resolver tudo sozinho e, mais velho, quando quer "ajudar" a resolver. A segunda opção é a mais sábia.
Folha - Você tem saudade dos tempos do Clash?
Strummer - Sim. Acho que fizemos coisas interessantes para a música jovem.
Folha - Você tem contato com os ex-Clash?
Strummer - Ouço mais sobre eles do que realmente os encontro. Sei que Mick [Jones, guitarra" tem trabalhado com vídeo, cinema. Paul [Simonon, baixo] deixou a música pela pintura.
Folha - Se o Mescaleros faz "world rock" e lida com elementos musicais de várias partes do mundo, não interessa a você tocar em lugares fora do eixo Europa-EUA? Lugares tipo o Brasil?
Strummer - Claro. Planejamos tudo com calma e uma turnê por lugares como o Brasil está nos planos. Era para eu já ter tocado aí com o Clash, mas não aconteceu.
Folha - Com o Clash?
Strummer - É. Tínhamos planejado uma turnê mundial por volta de 1985, 1986, que incluiria shows no Brasil e na Argentina. Não deu. A banda acabou antes.
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