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05/01/2003 - 11h00

Globo mostra Revolução Farroupilha na ótica de sete mulheres

RODRIGO RAINHO
da Folha de S.Paulo

A GLOBO inicia 2003 apostando em uma nova minissérie de época. Nesta terça, às 23h, estréia o primeiro dos 52 capítulos de "A Casa das Sete Mulheres", adaptação da obra homônima da escritora gaúcha Leticia Wierzchowski.

A trama relembra a Revolução Farroupilha (1835-1845), rebelião de habitantes da então província do Rio Grande, que não aceitavam os impostos territoriais e as altas taxas sobre exportações de charque cobradas pelo governo imperial.

Em setembro de 1835, eclodia o levante armado, comandado por Bento Gonçalves (Werner Schunemann). Na minissérie, os conflitos da guerra são narrados por Manuela (Camila Morgado), sobrinha do líder revolucionário que espera pela volta dos "heróis" com as outras mulheres da estância da Barra.

"Estamos retratando fielmente um momento histórico. É difícil fazer algo sobre história sem ser chato", diz Walter Negrão, autor da minissérie em parceria com Maria Adelaide Amaral.

"A guerra é o pano de fundo; em primeiro plano, estão os conflitos humanos dos personagens históricos", afirma ela.

As gravações ocorrem na Central Globo de Produção, em Jacarepaguá, no Rio, e em Cambará do Sul, São José dos Ausentes, Pelotas e Uruguaiana, no Rio Grande do Sul. Segundo a emissora, estão sendo gastos R$ 200 mil por capítulo.

Para não repetir os erros históricos de "O Quinto dos Infernos", polêmica minissérie exibida no ano passado, a produção preparou uma ampla pesquisa e palestras com historiadores e especialistas em cultura gaúcha.

"O importante é tratar a história do país com emoção. Temos que contá-la com amor, paixão, desilusões. Essa é a receita do sucesso", diz Jayme Monjardim, diretor-geral.

"Nos preocupamos muito com o ibope e, às vezes, esquecemos da contribuição cultural da TV. A memória do povo sobre cultura brasileira é pequena em alguns aspectos", diz Monjardim. "Nunca filmei tantas batalhas. É difícil, são muitas cenas violentas."

A trama

Rosário (Mariana Ximenes) faz par romântico com o soldado da tropa imperial Estevão (Thiago Fragoso), que, após morrer, continua a relação de amor na condição de fantasma.

Luis Melo é o vilão imperialista "vira-casaca" Bento Manuel, que deseja Caetana (Eliane Giardini), mulher do líder Bento Gonçalves.

"Esse personagem amou de verdade as duas mulheres. Uma era energia pura, a outra transmitia só amor", diz Thiago Lacerda, intérprete do revolucionário italiano Giuseppe Garibaldi, sobre seus amores, Anita (Giovanna Antonelli) e Manuela, sobrinha de Bento.

Antonelli, que vive um dos mais conhecidos personagens da história do Brasil, Anita Garibaldi, teve seu figurino composto a partir da visualização dos quadros de Toulouse Lautrec e vestimentas de peões gaúchos.

"Anita é uma forma masculina dentro de um corpo feminino. Dá outra inspiração e uma nova visão de vida", diz a atriz.

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